secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, defendeu a retomada das negociações em busca de um acordo de paz entre palestinos e israelenses. O apelo foi feito durante sessão do Conselho de Segurança da ONU. Ele comentou a viagem à região e detalhes das conversas que teve também na reunião do Quarteto para a Paz, em Moscou. Em dezembro de 2008, as s negociações foram interrompidas e a tensão aumentou nos últimos dias.
“Para uma solução justa e a criação de um Estado palestino não existe outra alternativa senão negociação. Por outro lado, não devemos permitir que provocações interrompam as negociações”, afirmou o secretário-geral, segundo o site oficial da ONU.
Ban Ki-moon lembrou que os esforços da comunidade internacional foram ofuscados pela crise de confiança depois de o governo de Israel decidir pela construção de 1,6 mil casas em Jerusalém oriental e a reabertura de uma sinagoga no local – esta área é ocupada por árabes desde 1967. As tensões aumentaram ainda com o lançamento de um foguete, que partiu de Gaza, e matou um civil judeu.
Apesar das dificuldades, ele afirmou que os esforços são mantidos nas conversas sobre um eventual acordo durante reuniões no Quarteto para a Paz e outras comandadas pelos Estados Unidos. Uma das propostas é tentar um acordo para que o estabelecimento de um Estado palestino em 24 meses. Segundo ele, há progressos nas negociações com Israel para a reconstrução do Gaza e outras transformações na Cisjordânia.
Na próxima semana, o secretário-geral participa da Cimeira da Liga Árabe que vai ser realizada na Líbia. De acordo com ele, os representantes dos países convidados tentam criar uma atmosfera favorável para o sucesso dos esforços de paz.
Na sua visita a Israel e aos territórios ocupados pelos palestinos, Ban Ki-moon condenou os atos de violência registrados nos últimos. “Esses atos de terror e violência contra civis são inaceitáveis e vão contra o direito internacional”, afirmou. Ele criticou a iniciativa do governo israelense de construir 1,6 mil casas na região de Jerusalém Oriental – alvo do agravamento das tensões entre Israel e os Estados Unidos.
Para ele, deve haver um esforço dos líderes políticos de Israel e da Autoridade Nacional Palestina em busca de um acordo na região. Além disso, seria inadmissível a construção de casas na área oriental de Jerusalém, que é ocupada por árabes desde 1967 e onde os palestinos esperam um dia instalar a capital de seu Estado.
O anúncio das construções na área oriental de Jerusalém provocou atritos entre Israel e os Estados Unidos. No último dia 16, o governo do presidente Barack Obama informou o cancelamento da visita oficial do enviado especial norte-americano para o Oriente Médio, George Mitchell, faria à região.
Fonte: Agência Brasil