Não é de hoje que o empreendedorismo conta com a classe, competência e gestão das mulheres diante do próprio negócio. Eximia administradora, a começar pela gestão doméstica, elas estão dando o que falar e surpreendendo o mercado de franchising. Hoje, as mulheres são tão visionárias no empreendedorismo que conseguem atuar até mesmo nos segmentos considerados ‘masculinizados’. Nem mesmo os problemas cruciais apontados para a abertura de um negócio – gestão de pessoas, fluxo de caixa, administração e falta de experiência – são fatores que intimidam as mulheres a ser sua própria patroa.
O empreendedorismo individual cresce em larga escala. Porém, apenas 4% da população brasileira é formada por empreendedores com funcionários, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O desejo de ter o próprio negócio também é perceptível nos números divulgados. Cerca de 60% dos interessados seriam marinheiros de primeira viagem, enquanto 63% não mergulham de cabeça se não possuem experiência no ramo de atuação.
Um dos perfis notados pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto, é a não aceitação do amadorismo em seus negócios por parte das mulheres. Para ele, seria muito estranho uma participação simbólica da mulher no empreendedorismo depois de muitos anos de conquista no mercado de trabalho, na política e outros segmentos que elas atuam com excelência.
Atualmente, a empresa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, em parceria com o Sebrae, revelou que as mulheres são maiorias dos novos empreendimentos, correspondendo a 52% nos negócios funcionando há menos de três anos e meio. A pesquisa revela também que 66% dos entrevistados – homens e mulheres – veem o empreendedorismo como uma oportunidade que o mercado oferece, ao invés de ver seu negócio como um complemento de renda.
Candice Marocco, empresária há 22 anos, 42 anos, ilustra este fenômeno que acontece no Brasil desde 2002. A presença maciça das mulheres jovens no empreendedorismo. Ela, que buscou segmentos do franchising mais voltados para os homens, – é franqueadora da Candice Cigar Co., e franqueada da rede de gastronomia japonesa Nakami Gourmet, que possui seis unidades no estado do Rio de Janeiro – atua não somente em duas, mas em três área diversas. Além da rede de tabacaria, que estará chegando em São Paulo a partir deste mês nas cidades de Ribeirão Preto e Campinas, do restaurante especializado na culinária japonesa, Candice Marocco ainda tem um snooker. Tudo isso forma sua fortaleza dentro de um shopping na Barra da Tijuca, zona nobre da cidade do Rio de Janeiro.
Embora não tenha experiência no setor gastronômico, Candice Marocco tem uma bagagem de 20 anos de tabacaria antes de acender a chama do franchising em 2012, possuindo dez unidades da marca Candice Cigar Co. e se tornando a maior representante de tabacaria no país. Recém-franqueada da Nakami Gourmet – no final do mês completa o primeiro mês de atuação no referido segmento – Candice Marocco utilizou uma estratégia elogiada pelo membro do Conselho Consultivo da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje).
“As franquias exigem energia nos pontos de vendas. Isso é notório. Quando você possui marcas distintas no segmento de atuação, seja você franqueador ou franqueado, é importante que esses negócios possam estar próximos um do outro desde que haja potencial de consumo. Estes tipos de negócios sinérgicos e complementares é uma prática que pode aumentar as margens de sucesso. O empresário que é franqueador e franqueado, simultaneamente, em áreas diferentes, faz com que seus negócios sejam complementares. Além de bloquear novos entrantes concorrentes”, diz Eduardo Machado.
Serviços:
Candice Cigar Co. – Avenidas das Américas, 5777, loja 130, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ – Tel.: (21) 2431-3776 – Site:www.candicecigarco.com.br