Empréstimos, prestações não pagas, consumo exacerbado, IPVA atrasado, multas e juros. Tudo isso acaba impactando severamente no orçamento familiar, fazendo com que a estabilidade financeira simplesmente desapareça, dando lugar à insegurança e ao medo do futuro. Esse é o cenário apresentado pela maioria das pessoas que procuram as consultas com o Dr. Finanças da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência.
O projeto é o mais concorrido da escola, e tem, inclusive, fila de espera. As pessoas depositam suas esperanças de sair do vermelho e confiam seus problemas econômicos a um profissional experiente. Hoje, atuam como Dr. Finanças servidores do Rioprevidência: o diretor de Investimentos, Antonio Paulo Medeiros, o gerente de Operações e Planejamento, Márcio Martins, e o gerente de Controle e Registro, Marcelo Fresteiro. São deles as principais decisões e ações relativas aos ativos do Fundo responsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões do serviço público do Estado do Rio de Janeiro.
Antonio Paulo explicou o trabalho desenvolvido durante as consultas trançando uma comparação dos problemas financeiros com outra dificuldade enfrentada por boa parte da população: o sobrepeso.
– Quando alguém se endivida, é como quem engorda, simplesmente perde o controle. O Dr. Finanças desenvolve um trabalho semelhante ao dos vigilantes do peso, identificando onde o dinheiro está sumindo e dando orientações sobre como gastar menos e pagar as dívidas – afirmou.
A pensionista Vilma Magalhães foi uma das que recorreu aos conselhos do Dr. Finanças para conseguir equilibrar suas contas.
– De repente me vi num superendividamento, com compromissos praticamente impagáveis. Preparei minha planilha de receitas e despesas e a apresentei para Dr. Finanças. Ele me mostrou opções, dentro da minha própria realidade financeira, de mudanças de atitudes que podem me levar a resolver meu problema – contou.
Aos 75 anos, viúva e com três filhos e cinco netos, a pensionista sabe que o êxito depende principalmente dela para terminar de pagar, além das contas permanentes, os seis empréstimos que fez e ainda tentar recuperar as jóias que penhorou.
– Mais do que sair do endividamento, quero aprender a nunca mais entrar nele – disse.
Esse é também o objetivo da servidora pública Deisy Rocha, de 49 anos. Ela procurou o Dr. Finanças para encontrar um jeito de pagar as dívidas contraídas com quatro cartões de crédito e empréstimos pessoais em três bancos diferentes. Ela justifica seu endividamento pela queda de padrão de vida que sofreu ao se separar.
– Foi difícil reconhecer que não podia mais viver como antes e que os luxos que eu tinha quando casada não podiam ser suportados só por mim – confessou.
Em situação difícil também está a servidora pública Rita de Cássia dos Santos, de 55 anos. Ela contou que durante anos foi se endividando para oferecer aos filhos a melhor criação possível.
– Eu renegociava aqui, fazia novos empréstimos ali e, quando percebi, não tinha nem mais como pagar aluguel. Mais de 70% de meu orçamento está hoje comprometido com empréstimos – afirmou.
Ela reconhece que não soube administrar bem seu dinheiro e que se deixou levar pelo consumismo.
– Agora eu tenho que reaprender a viver – disse.
Para participar do projeto, os interessados devem se inscrever no site da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência: http://www.rioprevidencia.rj.gov.br/eef/index.html
Fonte: Governo do Rio