A 8ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro julgou ontem o recurso da defesa do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que requeria um novo julgamento do acusado de assassinar o jornalista Tim Lopes, em setembro de 2002. O pedido de novo julgamento foi negado, porém, conseguiu reverter o tipo da pena do criminoso de regime integralmente fechado para o regime fechado. O regime integral prevê que todos os 28 anos e seis meses de prisão da condenação do traficante sejam cumpridos. Já no regime fechado, existe o recurso de progressão da pena, quando o réu, pode recorrer ao regime semi-aberto ou mesmo a liberdade condicional após cumprir um terço da sentença, que é o caso de Elias Maluco, que está preso há pouco mais de sete anos. O advogado de Elias, Maurício Neville, afirmou que irá recorrer ainda da decisão da Câmara Criminal em manter a sentença e não marcar um novo julgamento.
Em fevereiro de 2007, outro acusado da morte do jornalista, Elizeu Felício de Souza, o Zeu, que já havia recebido a progressão do regime. Em julho, ele saiu do Instituto Edgar Costa para visitar a família e não voltou mais. Além de Elias e Zeu, outros cinco bandidos foram condenados pela morte de Tim Lopes. Elias Maluco estava em liberdade, através do benefício da progressão penal, quando assassinou o jornalista Tim Lopes. Em abril deste ano, dois criminosos líderes de uma facção criminosa foram beneficiados pelo regime semi- aberto e não voltaram para a cadeia. Um deles, Nei da Conceição Cruz, o Facão, deu início a uma guerra pelo controle de bocas de fumo no Complexo da Maré no dia 31 de maio, que já contabiliza 15 mortos, incluindo três PMs.
Fonte: Tribunal de Justiça