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Empresas de reciclagem perseguidas

As empresas de reciclagem que atuam no Estado do Rio de Janeiro estariam "sofrendo perseguição". Esta foi a conclusão a que chegou a deputada Beatriz Santos (PRB), durante encontro com empresários responsáveis pela atividade, nesta quarta-feira (05/08), no Auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio. A reunião foi motivada pela operação denominada "Sucata Limpa", realizada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), no último dia 9 de julho, que fechou 23 empresas que atuam no setor. "Estas instituições devem ser valorizadas e não criminalizadas. O Governo e as pessoas que defendem o meio ambiente devem ajudar qualquer iniciativa a favor da reciclagem. Se nós da Alerj não conseguirmos fazer algo para ajudá-los, vou até o governador para pedir apoio à causa", afirmou a parlamentar, que vai procurar a Secretaria de Estado do Ambiente para realizar uma audiência pública com os recicladores.

De acordo com o inspetor Marcos Brandão, da DPMA, a operação ocorreu devido à falta de licenciamento ambiental de algumas empresas, principalmente ferros-velhos. "Houve uma investigação da Polícia Civil que comprovou que instituições estariam desobedecendo as normas ambientais, armazenando resíduos de forma irregular, dentre outros problemas", explicou Brandão. O inspetor argumentou que a delegacia, antes de fechar as empresas, emitiu um aviso prévio para que as mesmas procurassem obter o licenciamento ambiental dos órgãos responsáveis. O presidente da Associação dos Recicladores do Estado do Rio de Janeiro (Arerj), Edson Freitas, atribuiu à falta de uma regulamentação voltada para atividade e à demora para a retirada do licenciamento as causas do que a polícia qualificou como delitos. "O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) poderia nos ajudar nesse sentido, promovendo a realização de um cadastro para regularizar o setor", sugeriu.

Presidente da Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Alerj, o deputado Paulo Ramos (PDT), que participou do debate, garantiu ter visitado algumas empresas de reciclagem durante o recesso parlamentar de julho. "Elas prestam uma grande contribuição para a preservação do meio ambiente. Porém, não há interlocução entre elas e o poder público e, com isso, essas empresas vêm sendo criminalizadas e sofrendo uma perseguição muito grande", discursou Ramos, concordando com o parecer da deputada Beatriz Santos. Também participaram do encontro representantes do Inea e empresários do setor de reciclagem.  

 

Fonte: Alerj