A endometriose é uma condição médica desafiadora e pouco conhecida, que impacta severamente a vida de milhões de mulheres em idade reprodutiva (13 aos 45 anos). Muitas pacientes, ao buscarem ajuda devido a sintomas como dores abdominais, lombares e dificuldades nas relações sexuais, acabam sendo diagnosticadas com essa condição, que não só afeta sua saúde física, mas também compromete relacionamentos e bem-estar emocional. Como especialista em fisioterapia pélvica, Patrícia Zaidan tem se destacado no tratamento conservador da endometriose, oferecendo uma abordagem que alivia até 90% dos sintomas sem a necessidade de cirurgia, devolvendo qualidade de vida às mulheres que sofrem com a doença.
Atuando nessa área desde 2009, Patrícia se divide atualmente entre consultórios no Centro, Copacabana e Icaraí, e também atende no Hospital Niterói D’Or. Seu tratamento conservador começa com uma avaliação completa, investigando cada detalhe da condição da paciente e observando aspectos posturais e musculares. Pacientes chegam encaminhadas por médicos com queixas como dores intensas, constipação crônica, sintomas urinários e dor na relação sexual. A fisioterapeuta realiza testes específicos que identificam pontos de dor e áreas de tensão na pelve, tanto externa quanto internamente, criando um mapa da dor para guiar o tratamento.
A partir dessa avaliação, é adotado um conjunto de técnicas manuais, incluindo a liberação miofascial e exercícios terapêuticos que relaxam e fortalecem a musculatura pélvica. Ao seu lado está uma equipe multidisciplinar, que inclui médicos especialistas em dor e cirurgia robótica, psicólogos especializados em dor crônica, nutricionistas e uma osteopata, para ajustar dietas e medicamentos conforme a necessidade de cada caso.
Embora as dores físicas sejam evidentes, muitas pacientes convivem com a dor emocional silenciosa que a endometriose traz. Com receio de não serem compreendidas por seus parceiros, algumas mulheres se submetem a relações sexuais dolorosas, acreditando que, se evitarem, poderão gerar desconfiança ou colocar o relacionamento em risco. Essa situação intensifica o sofrimento psicológico, algo que Patrícia também busca abordar em seu tratamento, através de um acolhimento integral.
O acompanhamento personalizado de Patrícia costuma oferecer resultados efetivos em média entre oito e dez sessões. “Podendo chegar a 15, dependendo da paciente”.
“Acredito na importância de um atendimento completo, que enxergue cada paciente como um todo – corpo e mente – para tratar a endometriose com eficácia e empatia”, destaca Patrícia, completando: “Meu foco é restaurar a qualidade de vida das pacientes de forma segura, ajudando a evitar procedimentos mais invasivos”.
Além de sua especialização em fisioterapia pélvica, Patrícia Zaidan atuou de 2009 a 2022 no Hospital dos Servidores do Estado, onde seu vínculo era de pesquisadora, porém realizava atendimentos aos pacientes da urologia, proctologia e ginecologia, dedicou-se, nos últimos anos, ao tratamento de dor pélvica crônica. Em sua trajetória acadêmica, coordenou a pós-graduação da Universidade Gama Filho entre 2011 e 2014, e posteriormente, na Universidade Castelo Branco, de 2016 a 2019. Desde 2019, é coordenadora da pós-graduação na Universidade Estácio de Sá.
Recentemente, Patrícia deu início a uma especialização em psicanálise, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2025, para compreender mais profundamente os aspectos psicológicos da dor crônica em suas pacientes. Essa formação adicional reflete seu compromisso em proporcionar um atendimento completo, que valorize tanto a saúde física quanto o bem-estar emocional de cada mulher. “É essencial que a endometriose seja falada e divulgada, pois muitas mulheres ainda não sabem que sofrem dessa doença. Precisamos levar informação para que elas reconheçam os sintomas e busquem ajuda especializada”, ressalta Patrícia.
Patrícia Zaidan tem se consolidado como uma referência no tratamento da endometriose, oferecendo esperança e qualidade de vida às mulheres que convivem com esta condição, e mostrando que, por meio de um tratamento eficaz, é possível retomar uma vida plena e sem dor.
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