Início Plantão Brasil Entidades de comunicação cobram medidas para evitar violência contra jornalistas

Entidades de comunicação cobram medidas para evitar violência contra jornalistas

jornalistasIntegrantes do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional lamentaram nesta segunda-feira (10/02) a morte do repórter cinematográfico da TV Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos, atingido na última quinta-feira (06/02) por um rojão enquanto fazia imagens de um protesto de rua no Rio de Janeiro.

 

“O que nós queremos é que identifiquem e punam os responsáveis por essa tragédia, mas também que o governo crie e adote políticas e procedimentos necessários para garantir o trabalho dos profissionais e manifestantes que têm pacificamente demonstrado a sua insatisfação, e não desse grupo minoritário de baderneiros e arruaceiros que têm depredado o patrimônio público e restringido a atividade dos profissionais de imprensa”, disse o presidente da Associação Brasileira de Rádio de Televisão (Abert), Daniel Slavieiro, ao lamentar a morte do cinegrafista.

 

Slavieiro informou que a Abert e outras entidades que representam empresas de comunicação solicitaram uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na qual querem saber que medidas o governo pretende tomar para impedir novos casos. Os representantes das empresas querem também manifestar a preocupação dos profissionais de imprensa com a escalada da violência contra eles.

 

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, lembrou que a entidade já se manifestou sobre o “atentado” de quinta-feira e reafirmou que, com a morte do cinegrafista da Bandeirantes “exige do Estado brasileiro pronta reação para barrar esse tipo de violência”.

 

Segundo Schröder, a morte de Santiago não pode passar desapercebida, nem ser mais uma estatística na sociedade brasileira. “É uma morte completamente injustificada, não tem sentido para o jornalismo brasileiro e é uma ofensa povo brasileiro”, afirmou.

 

De acordo com Schröder, há uma mobilização para que se realize audiência pública no Congresso, com a participação dos ministros da Justiça e de Direitos Humanos, para pedir a implantação imediata de políticas públicas concretas de acompanhamento, investigação e, princialmente, de um pacto entre o Estado brasileiro, as empresas de comunicação e os jornalistas.

 

“O objetivo do pacto é garantir que a vida, a integridade e o trabalho desses profissionais será garantida. Não é possível que isso ( a morte do cinegrafista) se reduza a lamentações e notas de pesar. Precisamos reagir a isso”, ressaltou o presidente da Fenaj.

 

A notícia da morte de Santiago Andrade chegou ao Conselho quando a comissão temática que trata da liberdade de expressão discutia casos de violência contra profissionais da imprensa. O Conselho de Comunicação Social do Congresso deve divulgar, ainda nesta tarde, nota de repúdio aos atos de violência praticados contra comunicadores e profissionais da imprensa em geral.

 

O conselho é um órgão auxiliar do Congresso, de natureza consultiva, para assuntos relacionados à área de comunicação social. O grupo é formado por 13 conselheiros titulares e 13 suplentes, que representam as categorias empresariais e profissionais ligadas ao setor da comunicação, além de contar com representação da sociedade civil.

 

Agência Brasil