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Erradicação da miseria vira série da ONU

Para promover o debate sobre estratégias de redução da pobreza a partir das experiências dos demais países em desenvolvimento, o Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) lançou a série “Ideias para erradicar a miséria”. O capítulo lançado nesta semana traz como tema o Programa Bolsa Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), além de experiências de outros países em transferências de renda, como a Índia, a Nicarágua e o México.
A série do Centro Internacional, resultado de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Governo Federal, consistirá em sete capítulos semanais, que abordarão diversas questões e enfoques sobre a temática da erradicação da pobreza, como conceitos de proteção social, diferentes abordagens sobre a gestão de programas de transferência de renda, inovações na geração de empregos e agricultura familiar.
Cada capítulo trará um episódio do documentário "Uma jornada pela proteção social no Brasil”, produzido em dezembro de 2010 no âmbito do Programa África-Brasil de Cooperação em Desenvolvimento Social, bem como publicações e materiais de referências do IPC-IG e de sua rede de parceiros. 
De acordo com o assessor de Comunicação do centro, Francisco Filho, a série “busca tornar as iniciativas de outros países mais conhecidas no Brasil. Buscamos engajar a sociedade civil na discussão sobre políticas sociais; por isso, o lançamento em parceria com várias organizações da sociedade civil no País”.
O Brasil, expoente entre as economias emergentes, figura entre as principais referências na área de proteção social, que busca aliar o desenvolvimento econômico à inclusão daqueles que ficaram de fora da distribuição dos frutos desse crescimento. Entre 2003 e 2008, houve redução de 43,03% da pobreza no Brasil, que corresponde à saída de 19,3 milhões de pessoas da miséria ou pobreza extrema (renda per capita abaixo de R$ 137,00 no domicílio). A desigualdade no País, conforme medida pelo coeficiente de Gini, caiu de 0,59 em 2001 para 0,53 em 2007.
Nesse sentido, o Bolsa Família contribuiu para a redução da desigualdade social, atendendo a mais de 12 milhões de famílias em todo território nacional. As transferências monetárias do programa são recebidas mensalmente por famílias extremamente pobres e por famílias pobres nas quais existam crianças de até 15 anos de idade ou mulheres grávidas. A depender da renda familiar por pessoa, do número e da idade dos filhos, o valor do benefício recebido pela família pode variar entre R$ 32 a R$ 242.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento