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Escola Nacional de Circo volta ao picadeiro tradicional

Depois de três anos funcionando em um local improvisado no pátio da Estação de Ferro Leopoldina, por causa de obras no metrô, a Escola Nacional de Circo, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), voltou esta semana para seu terreno tradicional, na Praça da Bandeira.

 

 

A reabertura ocorreu com o espetáculo de formação dos alunos, com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy; do presidente da Funarte, Antonio Grassi; da secretária de Cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes; do presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim e do diretor da escola, Zezo Oliveira.

 

 

A escola é a única instituição de ensino mantida pelo Ministério da Cultura e completou 30 anos em 2012. Zezo Oliveira lembra que o local provisório não tinha espaço suficiente para as aulas, exigida pela arte circense. Agora, de volta à casa, o diretor diz que a entidade vai oferecer melhores condições de ensino para os alunos.

 

 

“O local está maravilhoso, sempre precisa de pequenos consertinhos, coisa de água, luz, mas é importante voltar a fazer a atividade no local para ver onde estão os problemas, mas é só manutenção. A escola está pronta para receber os alunos em 2013, porque agora todos já estão de férias.”

 

 

O espaço na Praça da Bandeira foi um ponto tradicional de armação de circos no século 19. Além de um circo completo de quatro mastros, com capacidade para 3.000 espectadores, o local permite aulas de dança, musculação, fisioterapia, refeitório e oficinas.

 

 

A Escola de Circo tem 13 professores e mantém, em média, 120 alunos por semestre, selecionados por meio de concurso público. Para o curso técnico em arte circense, é preciso ter idade mínima de 14 anos e estar no ensino médio. O diretor explica que o curso é profissionalizante.

 

 

“É um curso de três anos e meio. A cada semestre é feita uma avaliação para verificar a capacidade do aluno de seguir adiante. E no último semestre, os alunos devem desenvolver um trabalho em grupo que é a produção do espetáculo de formatura, para o qual são contratados diretor, preparador corporal, todo o pessoal que vai dar conta da produção do espetáculo”.

 

 

Além do curso técnico, a escola oferece o curso básico em arte circense, com duração de dez meses, para jovens de todo o Brasil selecionados por edital. O programa distribui 30 bolsas de R$ 20 mil cada. Há também os cursos de reciclagem “para artistas que já têm experiência e querem ampliar o conhecimento”. Esses variam de 15 dias a três meses.

 

 

O edital de seleção é publicado em janeiro e as inscrições podem ser feitas até meados de fevereiro. Segundo o direito, não é necessária experiência na área para participar da seleção. “Não precisa saber de circo, mas a pessoa precisa ter um condicionamento físico adequado às atividades de circo. Tem um período que a pessoa precisa vir ou mandar um vídeo mostrando quais são as habilidades, a partir dos exercícios descritos no próprio edital, com a sequência em que devem estar essas técnicas no vídeo, para a pessoa fazer e mandar aqui para a escola”.

 

Agência Brasil