Início Plantão Mundo Escolha de novo papa traz à tona denúncia de jornalista contra ele

Escolha de novo papa traz à tona denúncia de jornalista contra ele

 
Uma denúncia de 2005, feita pelo jornalista Horacio Verbitsky, voltou à tona com a escolha do novo papa, Jorge Mario Bergoglio, na última quarta-feira (13/3), informou a Agência O Globo. À época, Verbitsky acusou o então arcebispo de ter  retirado o apoio da ordem aos jesuítas Francisco Jalics e Orlando Yori, perseguidos pelo governo, contribuindo para para a detenção de ambos, em 1976.
 
 
 
 
A história foi registrada no livro “O Silêncio”. As vítimas, que desapareceram por cinco meses, eram companheiros de Bergoglio na Companhia de Jesus, que fazia trabalhos de ajuda social numa localidade do bairro de Bajo Flores. Segundo o livro, após a retirada do apoio por Bergoglio, ambos acabaram sendo capturados e presos.
 
 

Com as investigações, em 2011, o jornalista descobriu um documento do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina que aumentou a suspeita. Na época, Jalics, húngaro, pediu a renovação de seu passaporte. O informe mostra que Bergoglio apontou que havia “suspeitas de contato com guerrilheiros” e “conflitos de obediência”, e a solicitação do jesuíta foi negada.

 
 
Denúncia anterior
Antes da acusação de Verbitsky, rumores sobre uma suposta colaboração de Bergoglio com a ditadura já haviam circulado na Argentina. Ele chegou a ser denunciado na Justiça por supostas ligações com o sequestro dos missionários.
 
 
 
 
Segundo o livro do fundador do Centro de Estudos Legais e Sociais, houve uma “sinistra cumplicidade” de Bergoglio com os militares numa operação em que desapareceram quatro catequistas e dois de seus maridos.