O Estádio Aquático dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 recebeu, nesta sexta-feira dia 15 de abril, o Troféu Maria Lenk de Natação, que reúne atletas de 11 países. Esse é o 35º evento-teste dos Jogos Rio 2016 e a última chance para os atletas brasileiros se classificarem para a competição. A partir das 17h30 de hoje, quando começam as finais do Maria Lenk, todos voltam à piscina.
O evento recebe 365 brasileiros e outros 57 atletas estrangeiros da Argentina, Canadá, Chile, China, Eslováquia, Finlândia, Japão, Paraguai, República Tcheca, Ucrânia e Uruguai para testarem as instalações do estádio aquático.
Entre os destaques nas provas femininas, Joanna Maranhão, a nadadora mais experiente do Brasil, com três participações olímpicas no currículo e índice nos 200 metros e 400 metros medley, participou do evento-teste e falou sobre o estádio aquático olímpico:
– Esse estádio é um pouco menor do que as outras arenas. Não me lembro muito bem de Atenas. Mas Londres e Pequim eram maiores do que aqui. Mas aqui é lindo, aconchegante e charmoso. Agora só faltam as coisas finais de obra mesmo. Achei ótimas as piscinas de competição e de treinamento.
Nos 100 metros peito, o destaque da competição de hoje foi o atleta João Luiz Gomes Júnior, que teve o melhor tempo entre os brasileiros e não poupou elogios às novas instalações das provas de natação nas Olimpíadas:
– Nunca podemos dizer que estamos 100% garantidos. Lutei para isso e estou conquistando meu objetivo que é confirmar meu nome nas Olimpíadas. O estádio é muito lindo, está bem construído e tem uma piscina de qualidade. O que muda é o ambiente externo porque não há nada melhor do que o calor brasileiro.
O torneio de natação é uma oportunidade para testar sistemas de gestão de competição e resultados, estruturas da instalação, como as piscinas de competição e aquecimento, além da força de trabalho composta por 124 voluntários e 74 funcionários do Rio 2016.
– Ontem atletas e técnicos entraram na piscina do estádio. Esse ambiente olímpico é do Brasil. Os atletas já estão vivendo esse clima. Estamos fazendo as Olimpíadas pela primeira vez no nosso país e muita coisa já está funcionando como nos jogos. Estamos cumprindo com o que precisamos para realizar uma boa competição – disse o diretor-executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura.
Inaugurado no último dia 8, o Estádio Aquático conta com duas piscinas, sendo uma para competições e outra para treinamento e aquecimento. Cada uma tem cerca de 3,7 milhões de litros de água, que durante o evento ficarão entre 25 e 28 graus, como pede a Federação Internacional de Natação. Um filtro especial reduz em 25% o uso de produtos químicos e elimina as impurezas da água.
O novo estádio é um exemplo de soluções sustentávis e da arquitetura nômade, que dá às estruturas provisórias um novo uso depois do evento. Após os Jogos, a estrutura temporária do Estádio Aquático será aproveitada dentro do mesmo conceito da Arena do Futuro, que será desmontada para a construção de quatro escolas municipais. O Estádio será transformado em dois ginásios aquáticos, sendo um deles com uma piscina olímpica (50m) com cobertura e uma arquibancada com capacidade para seis mil espectadores; e o outro, com uma piscina olímpica e uma arquibancada com capacidade para três mil pessoas.