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Evento de dança no Rio

O Festival Panorama, realizado até o dia 20 de novembro, completa 20 anos e se consolida como o maior evento de performance e dança profissional do Brasil e um dos mais importantes do América Latina: em todas as suas edições, já soma a participação de mais de 400 companhias brasileiras e estrangeiras.  Com direção geral e curadoria de Eduardo Bonito e Nayse Lopez, o festival traz ao Rio de Janeiro este ano 36 companhias (16 nacionais e 17 internacionais), entre 4 e 20 de novembro. Serão 40 espetáculos em 15 diferentes teatros e espaços nas zonas Sul, Norte e Oeste, além do Centro, da Baixada e de São Gonçalo. Mas a maratona cultural não para aí. Pela primeira vez, o evento vai ocupar todo o Armazém Utopia, no Cais do Porto, e o Galpão Gamboa. E também terá uma etapa em Brasília, numa parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O Festival Panorama tem patrocínio máster da Oi apoio, com cultural do Oi Futuro, BNDES, Centro Cultural Banco do Brasil e Prefeitura do Rio. 
A expectativa é de que o Festival Panorama reúna este ano um público de mais de 25 mil pessoas. Em 17 dias, apresentará espetáculos de 16 países: África do Sul, Alemanha, Bélgica, Benin, Dinamarca, Equador, Espanha, EUA, França, Irlanda, Marrocos, Moçambique, Países Baixos, Portugal, Cingapura e Uruguai. E companhias de cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina. Os espetáculos são gratuitos ou têm ingressos a preços populares (de R$ 1 a R$ 16).
O grande destaque da programação internacional é a companhia belga Rosas. Criada por Anne Teresa De Keersmaeker, Rosas é hoje uma das mais respeitadas e requisitadas companhias do mundo. Nove anos depois da sua última passagem pelo Brasil, o grupo volta ao Rio para apresentar três de seus espetáculos: En Atendant, Rosas Danst Rosas e Fase. “Estamos muito felizes por realizar a 20ª edição do Festival, um dos eventos mais longevos da cidade. Os 20 anos do Panorama representam a força e a resistência da dança carioca, que já sofreu com muitos altos e baixos. Neste ano de equilíbrio entre atrações nacionais e internacionais, conseguimos reunir duas retrospectivas de importantes nomes no cenário atual: o grupo belga Rosas e o carioca João Saldanha”, diz Nayse Lopez. 
O Panorama também apresenta o primeiro solo do dançarino irlandês Colin Dunne, que se projetou internacionalmente como a estrela do grupo musical Riverdance. Out of Time coloca lado a lado a tradicional dança irlandesa do sapateado e a visão do coreógrafo sobre sua herança cultural. Outro destaque é The Continuum: Beyond the Killing Fields, espetáculo da companhia de Cingapura The TheatreWorks. Em cena, a tragédia vivida pelos cambojanos durante os anos de dominação do Khmer Vermelho. À frente do espetáculo – que mistura vídeos, encenações e relatos – está Em Theay, dançarina e professora de dança clássica cambojana e artista sobrevivente do regime instaurado pelo ditador Pol Pot, que promoveu um verdadeiro genocídio no país. 
Nesta edição, o Festival Panorama presta uma homenagem ao carioca João Saldanha, com uma retrospectiva de quatro trabalhos: Paisagem Concreta, Núcleos, Qualquer Coisa a Gente Muda e Monocromos. Um dos mais respeitados e premiados coreógrafos brasileiros, João Saldanha é autor de dezenas de espetáculos concebidos em conjunto com o Atelier de Coreografia, companhia que dirige desde 1986 no Rio de Janeiro e pela qual já passaram grandes nomes da dança carioca. “Nos seus 20 anos, o Panorama se orgulha de continuar fomentando as pesquisas de linguagem trazendo outras formas artísticas como teatro, música e toda uma programação voltada para o ativismo político”, afirma Eduardo Bonito.
Dedicada às crianças, a mostra Panoraminha chega à quarta edição. O projeto de formação de público já reuniu mais de três mil crianças vindas de projetos sociais e educacionais. A programação cresceu e apresentará quatro espetáculos: Kodak, de Neto Machado; Entrelace, com o Teatro Xirê dirigido por Andrea Elias; …tudo que não invento é falso, de Paula Maracajá; e Vice-versa, do português Victor Hugo Pontes. 
A programação do Festival Panorama abrange ainda oficinas, residências e seminários. O Armazém da Utopia será a sede do com.posições.políticas – encontro ibero-americano de arte e políticas. Composto por quatros dias de debates, palestras e conversas, o evento também contempla uma agenda artística com dança, cabaré, música e performances. Lançado em 2010, o com.posições.políticas conta com o apoio da AECID – Agência Espanhola de Cooperação Internacional ao Desenvolvimento e do programa IBERESCENA, e com a colaboração do Centro Cultural da Espanha em São Paulo, Instituto Cervantes do Rio de Janeiro, Institut Français e Consulado Geral da França no Rio de Janeiro.
A programação da primeira Plataforma Carioca de Artes Cênicas acontecerá durante o Festival Panorama. A ideia do projeto é promover o intercâmbio nacional e internacional entre produções de teatro, novo circo e dança do Rio de Janeiro. Os 12 espetáculos cariocas selecionados serão encenados no Armazém Utopia e no Galpão da Gamboa. As apresentações também servirão de vitrine para curadores e programadores de festivais nacionais e internacionais. A Plataforma é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura, em parceira com o Festival Panorama e a Companhia Ensaio Aberto. 
Mais informações:
http://www.panoramafestival.com/ 
 

Fonte: Assessoria