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Fernando Veloso assume a chefia da polícia civil, nesta segunda, 3

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A partir desta segunda, dia 3 de fevereiro, começa a dança das cadeiras nos cargos do alto escalão da Polícia Civil e nas delegacias. Apesar da opção do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em escolher um nome que já fazia parte da cúpula da instituição, o novo chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, de 48 anos, deve promover mudanças de imediato. Ele convidou alguns delegados para formar sua equipe de confiança, principalmente subchefes para as áreas administrativa e operacional, além de diretores de especializadas.

 

 

Veloso vai empregar um estilo próprio, bem diferente de sua antecessora, a delegada Martha Rocha, que deixou o cargo para seguir carreira política pelo PSD. Por ser mais operacional, ele vai atuar na linha de frente em algumas operações, quando a agenda do cargo permitir. A ideia do secretário ao escolher o novo chefe de Polícia foi justamente a de dar uma demonstração de que realmente haverá uma mudança na polícia, mais ativa do que reativa.

As investigações nas áreas onde há Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), onde vêm ocorrendo uma série de tiroteios, principalmente na Rocinha, no Pavão-Pavãozinho e no Complexo do Alemão, também serão intensificadas. Ele chegou a comentar com amigos que está preocupado com os ataques as pacificadoras e vai mobilizar a categoria para que vista a camisa da instituição. “Não podemos perder o rumo”, confidenciou a um colega da corporação. Para ele, os alvos serão as UPPs, como já vem acontecendo. Ele também prevê manifestações motivadas pela Copa do Mundo e pelas eleições. Por isso, pretende se antecipar aos fatos. Uma reestruturação da Coordenadoria de Informações e Inteligência Policiais (Cinpol) será crucial para o planejamento.

 

 

Segundo fontes da Polícia Civil, Veloso vai levar as questões mais polêmicas para discutir com sua equipe. Na verdade, não se tem certeza ainda se projetos iniciados por Martha Rocha vão realmente sair do papel, pois sua linha é justamente de avaliar a viabilidade deles, priorizando as necessidades da instituição. Antes de sair, Martha anunciou dois projetos: a criação de uma Delegacia da Pessoa Desaparecida (DPD) e o programa Entrevista Investigativa, no qual uma criança vítima de violência será abordada por uma equipe de psicólogos da polícia para apurar se houve realmente o crime.

 

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