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Festlip amplia intercâmbio teatral entre países de língua portuguesa

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Criado com o objetivo de promover o intercâmbio nas artes cênicas entre os nove países que têm o português como língua oficial, o Festlip – Festival Internacional de Teatro da Língua Portuguesa – na quarta, dia 26, sua 7ª edição, com a apresentação, às 19h30, no Teatro Sesi Centro, do espetáculo Os meninos de ninguém, do grupo Mutumbela Gogo, de Moçambique. Até o dia 6 de setembro, em dez espaços culturais do Rio de Janeiro, com entrada franca, a mostra terá oito peças, todas inéditas na cidade, do Brasil, de Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde e também da Galícia, região da Espanha cujo idioma é o galego, bem próximo ao português.

 

 

A homenageada desta edição é a atriz moçambicana Manuela Soeiro, pioneira e um dos grandes nomes do teatro de seu país. Com 40 anos de carreira, ela é a fundadora do grupo que abre o festival e autora, juntamente com Mia Couto e Henning Mankell, da peça Os Meninos de Ninguém. O espetáculo fala da dura realidade das crianças vítimas da guerra e da miséria nas ruas de Moçambique.

 

 

Outro destaque da mostra é o premiado ator e diretor português Elmano Sancho, que traz o espetáculo solo Misterman, no qual contracena com 11 personagens que surgem apenas por meio de vozes gravadas. Sancho assina também a direção da peça, que tem texto original do autor irlandês Enda Walsh.

 

 

O Brasil é representado pela Cia. de Teatro Luna Lunera, que apresenta Aqueles Dois, espetáculo criado a partir do conto do mesmo nome do escritor Caio Fernando Abreu. O tema da peça é a relação íntima de amizade entre dois funcionários de uma repartição, Saul e Raul, e o incômodo que ela causa entre os colegas de trabalho.

 

 

Em sua segunda participação no Festlip, a Galícia traz a peça Barbazul, do ator, músico e diretor Borja Fernández. Sob a direção de Marta Pazos, com quem fundou a Cia Belmondo, Borja divide o palco, a autoria do texto e da trilha musical com Monica de Nut.

 

 

Para homenagear os 450 anos da cidade do Rio, o Festlip escolheu a poesia, apresentada a partir desta quarta-feira no espaço Oi Futuro Flamengo, por meio de uma exposição audiovisual. Autores de todos os países de língua portuguesa criaram poemas inspirados no Rio, que foram selecionados por um concurso. Na mostra, os melhores textos são interpretados por autores cariocas.

 

 

“Este ano, o Festlip amplia seu âmbito de atuação e dá início a um intercâmbio de produção teatral e a um concurso internacional de poesia, na tentativa de reforçar ainda mais os laços entre essas nações irmãs”, destaca a a atriz e produtora Tânia Pires, idealizadora do festival. Ela lembra que no ano passado o evento também deu um passo importante para esse intercâmbio, ao criar o DLIP, que disponibiliza online a dramaturgia dos nove países.

 

 

Na área de produção, o avanço a que se refere Tânia Pires ocorrerá no dia 31, das 10h às 18h, no Oi Futuro Flamengo, com a realização da primeira oficina A Falar É Que a Gente Se Entende. A oficina pretende ser o ponto de partida para uma coprodução inédita entre o Festlip e o Teatro da Garagem, premiada companhia portuguesa criada há 26 anos.

 

 

Outros eventos, como palestras, oficinas, festival gourmet e atividades voltadas para o público infantil, marcam a programação do 7º Festlip. O festival tem patrocínio do governo do estado e da prefeitura do Rio de Janeiro, além de contar com o apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte), dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

 

A programação completa está disponível no site do festival.