A partir do dia 4 de janeiro todos os veículos do estado vão passar por fiscalização para verificar se estão poluindo o meio ambiente. O controle da emissão de gases poluentes será feito durante a vistoria anual do Detran. Quem for reprovado no teste ficará sem o documento de licenciamento e o carro não poderá circular. O Rio de Janeiro será o primeiro estado a realizar este tipo de vistoria.
Estudos feitos pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria Estadual do Ambiente, apontam que 25% dos veículos fluminenses vistoriados são reprovados no teste de emissão de gases. De acordo com Adilson Pena, técnico ambiental do Inea, esses resultados são reflexos de problemas comuns encontrados nos carros, como vela e injetor sujos. Ele afirma que isso aumenta a emissão de poluentes e aconselha os motoristas a levarem o automóvel a um mecânico para a realização de verificações periódicas.
Em setembro deste ano, o governador Sérgio Cabral e os secretários de estado Marilene Ramos (Ambiente) e Regis Fichtner (Casa Civil) assinaram o convênio para o controle de emissão de gases poluentes nos veículos automotores. O acordo de cooperação técnica foi firmado entre o Instituto Estadual do Ambiente e o Detran-RJ.
Esta parceria prevê um intercâmbio de informações nas áreas de cadastro, relatórios, pesquisa e informática, mantendo, contudo as respectivas confidencialidades dos documentos tutelados pelos dois órgãos. O Inea e o Detran prestarão ainda assistência técnica recíproca, o que implica poder utilizar mutuamente instalações e equipamentos necessários às atividades estabelecidas no contrato.
Ainda conforme o convênio, cabe ao Inea especificar os equipamentos necessários à avaliação da qualidade do ar, bem como, instalar, manter e renovar a rede de equipamentos. Também compete ao Instituto analisar periodicamente os dados da qualidade do ar, divulgando os resultados e estabelecendo níveis de tolerabilidade das emissões veiculares.
Relacionada à campanha Rio 2016, a iniciativa pretende também contribuir para diminuição dos problemas de saúde causados pela emissão dos gases poluentes. Segundo especialistas, partículas menores da fuligem dos carros, que não podem ser observadas a olho nu, se espalham de forma rápida pela atmosfera local e podem penetrar no sangue e até mesmo no pulmão. Este tipo de poluição afeta com mais intensidade pessoas com doenças respiratórias ou do coração.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente