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‘Focas’ debatem sobre profissão em projetos jornalísticos na internet

focas

 

 

Há quem diga que o nome “foca”, relacionado aos jornalistas recém-formados ou ainda estudantes, surgiu porque esses profissionais “pescoçavam” o trabalho dos mais experientes. Outra justificativa vem dos primórdios do flash a magnésio. Os fotógrafos inexperientes demoravam a preparar o aparelho e atrasavam os outros. “Espera, estou focando”, diziam. Mais tarde os demais falavam: “Lá vem o foca”. Curiosidades a parte, projetos recentes de jornalismo têm como objetivo dar voz a eles e promover o debate da profissão.   

 

 

 
Criado há um ano pelo estudante Emílio Coutinho, a Casa dos Focas visa tratar de tudo o que é referente ao fazer jornalístico, o que inclui divulgação de eventos, cursos, debates e entrevistas com profissionais experientes. “Para me manter informado e alimentar a página, conto com a ajuda de estudantes de diversos estados do Brasil. Esse apoio sempre foi bem-vindo e ainda hoje recebo pedidos daqueles que querem participar da iniciativa. As portas sempre estão abertas, pois sei que existem muitos focas que tem muito a acrescentar e muitas vezes escrevem para um público pequeno que fica entre os seus familiares e colegas de faculdade. Meu desejo é dar eco a esses futuros jornalistas”, afirma.
 
 
 
A página é dividida em editorias, que estão passando por uma reformulação devido à mudança para um novo layout. “Algumas questões são muito debatidas como a obrigatoriedade do diploma, a imparcialidade no jornalismo, o fim do impresso e o futuro da carreira em geral”, completa. Atualmente, a página conta com quase cinco mil “curtidas” no Facebook e uma média de 15 mil visualizações mensais. “A Casa dos Focas tem crescido cada vez mais e os próximos passos serão desafiadores, pois vamos entrar em um campo que ainda não exploramos, mas ainda é segredo”, adianta. 
 
Crédito:divulgação
Toda sexta-feira um ‘foca’ publica um texto no blog
 
 
 
Desde julho deste ano, o projeto “Um foca na sexta”, criado pelo jornalista Gabriel Toueg, propõe discussões sobre mercado de trabalho, formação acadêmica, profissão, coberturas, dilemas, conquistas, desafios e inovações. Toda sexta-feira (por isso a brincadeira com o nome da iniciativa) um estudante ou recém-formado (de qualquer estado brasileiro ou até mesmo faculdades estrangeiras) prepara um texto para o blog. “Os primeiros foram convidados. Como ministro palestras em faculdades, no começo eu entrei em contato com alguns alunos que começaram a divulgar a ideia. Mas acho mais legítimo quando sou procurado ao invés de fazer o convite”, completa.
 
 
 
Para Toueg, que possui mais de 15 anos de experiência no mercado, além de ter atuado como editor de internacional do portal Estadão, as faculdades não têm tempo de olhar, de forma detalhada, a evolução de cada aluno e durante os estágios os chefes nem sempre conseguem dar o devido feedback. “Quando eles me mandam o texto, estão cientes que ele passará por uma rigorosa edição. Eu sou bastante critico, faço várias indagações, questiono quando o tema é genérico etc. Às vezes, solicito até mesmo uma segunda versão”.
 
 
 
Segundo ele, os textos abordam desde a experiência já obtida no mercado até as motivações pessoais e questionamentos. “Já tivemos sobre jornalismo esportivo; correspondente estrangeiro; imparcialidade, entre outros”, completa. Até o momento sete textos foram publicados. O projeto é individual, mas, segundo Gabriel, se houver interesse de profissionais formados, ele gostaria, por exemplo, que uma matéria sobre a área esportiva fosse editado por alguém da área.
 
 
 
 
“Temos até fevereiro do ano que vem preenchido. Há uma grande procura, principalmente pela oportunidade de debater assuntos da profissão e de ter uma matéria corrigida e orientada”, finaliza. A iniciativa conta com uma média de 260 acessos diários.
 
 
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