O V Fórum Urbano Mundial, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 22 e 26 de março, foi lançado no Cais do Porto. O evento, que deverá reunir cerca de 15 mil participantes de mais de 160 países, será, segundo o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, um teste para que a cidade possa mostrar como sabe receber bem os visitantes e discutir com qualidade as experiências exitosas do estado, como as obras de urbanização de comunidades e saneamento básico do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Pela primeira vez na América Latina, o Fórum junta-se aos Jogos Mundiais Militares, que acontecem no próximo ano; à reunião Rio+20, que a Organização das Nações Unidas (ONU) estará promovendo na cidade em 2012 para discutir as ações de meio ambiente; à Copa das Confederações, que terá o Rio de Janeiro como sede; à Copa do Mundo, de 2014, cuja final deve ser no estádio do Maracanã; e às Olimpíadas de 2016, um dos grandes momentos para o esporte sul-americano. Pezão está certo de que os resultados do encontro serão importantes para o pensar de uma cidade mais inclusiva e justa.
– Poucos eventos possuem uma representatividade como esse, organizado pela Comissão de Assentamentos Humanos da ONU (UN-HABITAT). Tenho certeza de que temos muito o que mostrar aos participantes, como os projetos do PAC que estão sendo desenvolvidos em grandes comunidades, como Alemão, Manguinhos e Rocinha, entre outros. E temos muito que aprender com outras cidades, para que possamos ter uma que atenda a todas as necessidades dos moradores e possa atender às suas expectativas – frisou Pezão.
O evento serviu ainda para a apresentação do cartão do Metro, específico para os participantes do V Fórum Urbano Mundial, que será distribuído durante o credenciamento. O acesso será franqueado aos participantes e, segundo Pezão, embora não haja estação do Metro nas proximidades, servirá para que o Fórum discuta a acessibilidade e a qualidade dos transportes nas grandes cidades.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, fez coro com o secretário de Obras e chefe de gabinete do prefeito, Luiz Antonio Guaraná, que representou Eduardo Paes, sobre a escolha do local para o evento. Ambos admitiram que a escolha do Cais do Porto é importante para o processo de revitalização da região, o maior projeto de urbanização e acessibilidade da cidade nos próximos anos. Guaraná anunciou que a Prefeitura pretende levar para o espaço do Fórum exposições, entretenimento e o happy hour, para que os integrantes do evento possam entrar logo no clima carioca.
– Será um grande evento e os armazéns do porto do Rio mostrarão bem a capacidade de transformação que estamos programando para essa região. A área portuária será responsável pela grande transformação que ocorrerá na cidade do Rio nos próximos anos – afirmou Guaraná.
O ministro disse que, ao ser decidido que o Brasil iria sediar o evento, a escolha do Rio de Janeiro foi praticamente imediata. Não bastasse o apelo turístico da cidade, o Rio é hoje, segundo Fortes, um grande laboratório das obras do PAC e terá experiências importantes para compartilhar com todos os participantes. Ele também acredita que além das idéias, vai ser preciso transformar os sonhos e desejos em práticas, dentro de uma política que já foi desenvolvida nas edições anteriores do Fórum em Nairóbi, no Quênia; Barcelona, na Espanha; Vancouver, no Canadá; e Nanjig, na China.
– Não basta ficar nas teses. Temos de repensar as cidades, a estrutura urbana, para que possamos ter um futuro com melhor qualidade para todos. Temos experiências de sucesso e devemos buscar aprender com outras cidades as soluções encontradas para determinadas situações. Assim, com essa troca de informações, poderemos construir a cidade do futuro – garantiu Fortes.
A diretora regional para a America Latina e Caribe da Comissão da ONU para Assentamentos Humanos, Cecília Martinez Leal, explicou que o Fórum não é fechado apenas para governos, mas quer discutir a cidade do futuro com Organizações Não Governamentais (ONGs), universidades, órgãos voltados para engenharia, urbanismo e arquitetura, além de lideranças comunitárias. A proposta é de que seja um diálogo aberto em busca de uma cidade sustentável, servindo ainda para o lançamento de um relatório bienal sobre o desenvolvimento das grandes cidades e os futuros projetados de acordo com as ações tomadas na atualidade.
Fonte: Governo do Rio