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Greve de ferroviários

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) julga na tarde de hoje (16/04) se a greve dos ferroviários da SuperVia, a companhia de trens urbanos da Região Metropolitana do Rio, é abusiva. Os funcionários estão parados há quatro dias.
O presidente da concessionária, Amin Murad, informou que participará da audiência e considera que apenas parte dos 300 maquinistas da empresa está paralisada.
Ao comentar o movimento, Murad disse que a alegação inicial dos grevistas era por melhores condições de segurança no trabalho. Depois, a categoria passou a reivindicar, segundo ele, a readmissão de funcionários dispensados nos últimos quatro meses.
Já o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Walmir Lemos, admitiu hoje que decidiu manter a greve porque a SuperVia se comprometeu a readmitir apenas sete dos 11 funcionários demitidos nos últimos quatro meses.
Segundo Walmir, quatro funcionários foram demitidos sem inquérito administrativo. Além disso, o Sindicato reivindica melhores condições de segurança para os maquinistas e usuários das linhas de trem.

PM nada fez para reprimir agressões
 
Foi identificado e está sendo ouvido na manhã de hoje o policial militar que estava na estação de trem de Madureira e é suspeito de não reprimir a agressão a passageiros na última quarta-feira (15/04). A informação foi confirmada pela assessoria da PM, que também afirma que foi aberta uma sindicância para apurar o caso.
Em entrevista na segunda-feira (13/04), no Palácio Laranjeiras, o secretário estadual de Transporte, Julio Lopes, manifestou sua preocupação com a extinção do Batalhão Ferroviário da Polícia Militar (BPFer), em janeiro, e a necessidade de formar uma equipe de agentes preparados para substituir os militares e atuar nas estações.
— Precisamos pensar em uma nova força tarefa para conter a questão de abertura de portas, que é uma coisa complicada, que nós sabemos. Mas o BPFer foi extinto e a Supervia tinha que levar um tempo para equipar tropas e fazer essas intervenções — disse.
Com a extinção do BPFer, o grupo de 300 policiais foi reduzido para 90 homens e a equipe passou a se chamar Grupamento de Policiamento Ferroviário.
O delegado Júlio da Silva Filho, da 29ª DP (Madureira), quer ouvir todos os funcionários da SuperVia que estavam trabalhando na estação de Madureira quando passageiros foram agredidos com socos, pontapés e até chicoteados. Segundo ele, cerca de 20 pessoas devem comparecer à delegacia nos próximos dias para prestar esclarecimentos sobre o caso.
— Estamos trabalhando para trazer os autores até a delegacia para que sejam ouvidos. Além deles, todos que trabalhavam naquele dia também serão ouvidos — disse o delegado, que ainda não conseguiu confirmar quando começarão os depoimentos.
Segundo Júlio, os suspeitos envolvidos na agressão podem responder por lesão corporal dolosa, quando a intenção de provocar o dano. 

 

Fonte: AIB