Terminou sem acordo a reunião entre o Ministério Público do Trabalho e representantes dos sindicatos das companhias aéreas e dos trabalhadores do setor aéreo. Diante do impasse, a paralisação da categoria está mantida para a próxima quinta-feira, dia 23, véspera do Natal. Durante o encontro, mediado pelo Ministério Público a pedido do governo federal, os dirigentes sindicais da classe trabalhadora recusaram a proposta de 6,5% de reajuste salarial oferecido pelas empresas aéreas. A categoria pleitea 13%, com ganho real (acima da inflação).
Segundo o presidente do Sindicato dos Aeronautas (pilotos e comissários), Gelson Dagmar Fochesato somente vai decolar na quinta-feira 30% dos voos programados. Ele disse que ficará a critério das empresas informarem até o fim da noite desta quarta-feira, 22, quais partidas serão mantidas. “Quero pedir desculpas à sociedade pela radicalização dos caos aéreo”, disse ele.
O procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes, disse que ainda acredita numa negociação e caso a paralisação se confirme, o Ministério Público vai acompanhar o movimento, sobretudo do ponto de vista da legalidade, da preservação da saúde e segurança da população. Ele disse que haverá equipes de plantão, inclusive no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quem julga esse tipo de mobilização. “A greve é constitucional, inclusive nos serviços essenciais. Vamos acompanhar o desenrolar dos fatos”, declarou o procurador.
Fonte: MPRJ