O Japão confirmou nesta segunda-feira que 125 pessoas foram contaminadas com a gripe H1N1 no país, muitas delas sem terem viajado ao exterior, enquanto Nova York registrou sua primeira morte e o Chile teve seus primeiros dois casos.
Agora são 39 países afetados pelo novo vírus, que mistura elementos de gripes suínas, humanas e aviárias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus H1N1 levou no mês passado a OMS a elevar seu nível de alerta contra pandemias para o grau 5, numa escala que vai até 6.
A OMS havia apontado anteriormente 8.480 casos, com 72 mortes, quase todas no México.
A entidade disse no domingo que estava acompanhando atentamente a situação no Japão, mas que ainda não estava claro se o surto no país poderia levar à declaração de pandemia — a OMS tem dito que elevará o alerta para o grau 6 se houver transmissão regular entre pessoas fora das Américas.
O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, gravou mensagem de TV pedindo calma à população e orientando-a a lavar as mãos, fazer gargarejos e usar máscaras.
– Especialistas dizem que se você receber tratamento a tempo, esta nova gripe não é algo a temer – disse ele.
A maioria dos casos no Japão afetou alunos do ensino médio nas regiões de Hyogo e Osaka (oeste), que não viajaram ao exterior. Escolas foram fechadas nessas áreas, mas o governo orientou as empresas a funcionarem normalmente.
Quiosques em algumas estações ferroviárias da região ficaram fechados, e um festival na cidade de Kobe, que normalmente atrai dezenas de milhares de pessoas, foi cancelado.
Morte em NY
Em Nova York, um diretor de escola se tornou no domingo a primeira vítima fatal da gripe na cidade. O homem de 55 anos havia sido internado alguns dias antes no Hospital Flushing. Várias escolas do bairro do Queens estão fechadas devido à contaminação de alunos e funcionários.
Pequim também confirmou no fim de semana seu primeiro caso, e a imprensa chinesa afirmou que há uma suspeita também na província de Guangdong (sul), o que poderia ser o quarto caso da China continental. A região de Hong Kong confirmou um terceiro caso e tenta localizar pessoas que se sentaram ao lado dessa pessoa num avião.
Fonte: Reuters