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Guarda Municipal inicia uso de armas não-letais

Os grupamentos de Ações Especiais (GAE) e Tático Móvel (GTM) da Guarda Municipal do Rio iniciaram o patrulhamento no Leme e na Lapa equipados com a Taser – armamento não-letal que emite ondas elétricas semelhantes às ondas cerebrais, paralisa o infrator por tempo suficiente para a imobilização. A GM-Rio é a primeira instituição em todo o estado a utilizar esse equipamento.

As equipes que vão atuar nos dois bairros a partir desta quinta-feira foram oficialmente apresentadas esta tarde pelo comandante da Guarda Municipal do Rio, coronel Ricardo Pacheco, e pelo secretário especial da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem. O evento foi realizado na Praça Almirante Júlio Noronha, no Leme.

Nesse bairro da Zona Sul, 40 guardas – cinco deles equipados com as armas Taser – passam a atuar nas ruas por 24 horas, divididos em turnos de 12 horas, num total de 10 guardas por turno. Outras cinco armas do tipo serão utilizadas por agentes da GM-Rio à noite na Lapa, onde o patrulhamento já ocorre por 24 horas, com 26 guardas de segunda a quarta-feira (13 guardas por turno de 12 horas) e 50 guardas de quinta-feira a domingo (13 durante o dia e 37 à noite).

Em junho passado os guardas do GAE e GTM receberam o treinamento para utilização do equipamento, que permite ao operador o controle total do tempo do disparo. Nos três dias de curso, realizados na sede da Instituição (Avenida Pedro II n° 111), em São Cristóvão, os agentes tiveram aulas teóricas e práticas, com simulações de ataque e defesa em diversas situações.

No entanto, apesar de apresentar risco quase nulo de dano físico ao infrator, o uso do equipamento será sempre a última opção dos guardas municipais cariocas, como explica o comandante da GM-Rio.

– Nossos agentes são treinados para usar todas as possibilidades antes do spray de pimenta ou de outro equipamento não letal – afirma Ricardo Pacheco. No Brasil, já fazem uso da Taser guardas municipais no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo.

Sobre a Taser – Com ação direta sobre os sistemas sensorial e motor do corpo, a Taser é ideal para dispersar conflitos urbanos, e foi projetada para não provocar danos físicos na pessoa atingida. A finalidade dessa tecnologia é poupar vidas, na medida em que racionaliza ou mesmo dispensa o uso de armas letais.

No formato de uma pistola, a Taser dispara dardos com alcance de até 10,6 metros, em cartuchos propelidos por nitrogênio (substância atóxica e não poluente, não inflamável e não explosiva). Como segurança, a Taser dispõe de trava ambidestra e cada cartucho tem trava de proteção.

Para fins de registro e controle, a pistola e cada cartucho têm números de série específicos. Além disso, a Taser armazena data e horário dos disparos em memória digital interna, e o próprio cartucho contém confetes identificadores com o mesmo número serial, que são liberados no ato do disparo.
 

Fonte: Prefeitura do Rio