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Há um ano longe do poder paralelo, Rocinha e Vidigal celebram a paz

 

 

Naquela madrugada, fiquei aliviada porque sabia que os meus netos viveriam longe da violência que marcou a infância de seus pais“. Moradora da Rocinha, a aposentada Lidiane Alonso lembra como se fosse hoje do dia 13 de novembro de 2011, quando a comunidade onde vive há 50 anos foi pacificada, junto com o Vidigal e a Chácara do Céu. Um ano depois, as localidades que já estiveram entre as mais violentas do Rio voltam a se integrar à Cidade Maravilhosa.

 

– Sem disparar um único tiro, as forças policiais libertaram Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu do domínio de facções criminosas, abrindo caminho para que milhares de moradores passassem a viver dias melhores. Um ano depois, vemos essas comunidades receberem gradativamente mais serviços públicos e privados – explicou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

 

Legalização do comércio é um diferencial Doze meses depois do restabelecimento da paz na Rocinha, que recebeu sua Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em setembro deste ano, Dona Lidiane, sua família e os cerca de 100 mil moradores aproveitam os novos tempos de mais segurança, obras de infraestrutura, formalização de negócios, projetos sociais e organização do tráfego do morro.

 

– Está tudo muito diferente de antes da pacificação. Hoje, meus netos não veem mais pessoas armadas circulando e aquela desorganização. Tudo melhorou – afirmou Lidiane.

 

No Vidigal, que teve sua UPP inaugurada em janeiro deste ano, a paz também trouxe a legalização do comércio através de empresas parceiras do Governo do Estado. Morador da comunidade, Gustavo Souza foi um dos comerciantes que formalizaram seu negócio. Ele trocou a locadora de filmes piratas por uma sorveteria legalizada.

 

– Decidi fechar minha locadora e abrir a Sorvete’s Bibi. Ter meu comércio dentro da lei me traz vantagens e  tranquilidade. Já estou pensando em abrir outra sorveteria no morro – disse.