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Haiti: missão da ONU condena violência

A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) rechaçou a onda de violência que atingiu o país provocando duas mortes e deixando pelo menos 20 feridos nas cidades de Cap-Haitien e Hinche. Os conflitos foram gerados por uma reação às informações de que a epidemia de cólera começou em tropas do Nepal. A doença matou pelo menos 917 pessoas e contaminou cerca de 15 mil.
A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fadela Chaib, alertou que a prioridade, mesmo em meio aos incidentes, devem ser as ações de combate e prevenção do cólera. Os especialistas estimam que há uma tendência de a doença se espalhar por todo o país pela falta de saneamento básico e as condições precárias da maioria da população.
 
“A coisa mais importante é controlar o surto e ajudar as pessoas que foram afetadas pela doença. Em algum outro momento deve ser feita a investigação [sobre os episódios de violência], mas agora não é uma prioridade ", disse Fadela Chaib. As informações são da Organização das Nações Unidas.
 
Em um comunicado, a Minustah informou que os incidentes tiveram motivações políticas, pois dentro de 11 dias serão realizadas as eleições majoritárias no Haiti. A missão pediu à população que busque manter a calma em nome da estabilidade e da democracia. As eleições estão marcadas para o dia 28.
O governo da República Dominicana, que tem fronteira terrestre com o Haiti, informou que a epidemia já chegou ao país. O operário haitiano Wilmore Lower, de 32 anos, que mora na República Dominicana, é o primeiro caso de cólera registrado desde o início da epidemia no Haiti. O ministro da Saúde dominicano, Bautista Rojas Gómez, Lower está internado em uma clínica na província de La Altagracia. Exames confirmaram o diagnóstico de cólera.

Fonte: Agência Brasil