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IML cria força tarefa para voo 447

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco garante que o Instituto Médico Legal (IML) de Recife está preparado para receber os corpos das vítimas do acidente do voo 447 da Air France. Uma força tarefa foi criada para tentar agilizar os trabalhos de identificação das vítimas do acidente tão logo os corpos cheguem à capital do estado. Um plano de crise foi elaborado com base em três diferentes cenários, montados a partir da quantidade hipotética de corpos resgatados.

A busca e o resgate dos corpos é responsabilidade das Forças Armadas brasileiras, a investigação das causas do acidente compete a autoridades francesas e a identificação dos corpos será feita pela Polícia Civil de Pernambuco em conjunto com a Polícia Federal.

Segundo a assessoria da secretaria, se os 228 corpos forem levados ao IML, um local alternativo à sede do instituto será montado para abrigar as equipes técnicas ou os serviços do IML que não estejam ligados à identificação das vítimas do voo 447 serão transferidos para hospitais públicos da região. A secretaria garante que qualquer que seja a solução, não irá afetar a rotina do órgão.

Além de contar com 329 papiloscopistas, 105 médico legistas e 167 peritos, o instituto recebeu o reforço de oito policiais federais especialistas na identificação de corpos. Cinco deles são de Brasília e três de Recife. A princípio, foi definido que, caso seja necessário recorrer a exames de reconhecimento por DNA, eles serão realizados pela PF.

Um médico, um auxiliar legista, um perito criminal e um datiloscopista já estão em Fernando de Noronha, para onde os corpos já resgatados estão sendo levados. Na ilha, os técnicos coletarão material que possa auxiliar no reconhecimento das vítimas. Estes indícios serão enviados a Recife, onde o trabalho será concluído.

Em nota divulgada na quarta-feira (3), o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, não descartou a hipótese de Pernambuco pedir a ajuda de outros estados e, principalmente, de embaixadas dos países de origem de vários passageiros. Entre as 228 pessoas que viajavam  no Airbus A 330, havia passageiros de 32 diferentes nacionalidades.

Desde ontem, um cerco de policiais civis isola parte da rua onde funciona o IML, no bairro de Santo Amaro, impedindo que populares e até mesmo os jornalistas se aproximem do local. Como a primeira embarcação da Marinha brasileira, a fragata Constituição, só deve chegar a Fernando de Noronha amanhã (9), a quantidade de curiosos presentes ao local era pequena na tarde de ontem (7), a maioria, moradores das proximidades do IML.
 

Lula: aproximação com América Central abre portas para produtos brasileiros nos EUA

Depois de visitar três países da América Central na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (8) que o objetivo do governo é utilizar a estratégia de aproximação com El Salvador, Guatemala e Costa Rica para que produtos brasileiros cheguem aos Estados Unidos.

“Todos esses países têm tratado de livre comércio com os Estados Unidos e é importante que a gente construa parceria, sobretudo na área do biocombustível, para, por meio deles, vender o etanol brasileiro aos Estados Unidos”, disse em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.

Ele avaliou a eleição do presidente de El Salvador, Mauricio Funes, como “uma conquista dos setores progressistas da sociedade latino-americana”. Para Lula, a posse de Funes representa um avanço da democracia em toda a América Latina.

Sobre a Guatemala, o presidente destacou o que considera “uma parceria extraordinária” na construção de política públicas, principalmente na área social. O país, segundo ele, reproduz estratégias brasileiras adotadas pelo atual governo como o Bolsa Família, o Restaurante Popular e o Escola Aberta.

Em relação à Costa Rica, Lula disse que o país apresenta “uma imensa possibilidade” de exportação de engenharia brasileira como serviços para construção de estradas, de aeroportos e de hidrelétricas.

“Tudo isso interessa ao Brasil: não só financiar para ajudar o desenvolvimento desses países, mas porque são sempre uma porta aberta para que o Brasil possa entrar nos Estados Unidos com produtos que são taxados se forem vendidos diretamente.”

Fonte: Agência Brasil