A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) traçará, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), um mapa dos impactos socioeconômicos, de saúde e ao meio ambiente sobre a população do Rio de Janeiro, a partir das mudanças climáticas.
O levantamento – sob coordenação do pesquisador Ulisses Confalonieri, do Programa de Mudanças Ambientais Globais e Saúde da ENSP – terá início no dia 26 de junho. O objetivo é estabelecer o índice de vulnerabilidade dos municípios e, posteriormente, de cada região do estado, tendo por base os relatórios de uma primeira pesquisa sobre vulnerabilidades nas zonas costeiras, concluída em 2005.
No âmbito da Secretaria Estadual do Ambiente, o novo projeto foi desenvolvido pela secretária Marilene Ramos e pela superintendente do Clima e de Mercado de Carbono, Maria Silvia Muylaert de Araújo. As questões socioeconômicas ficarão ao encargo do pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da Escola Nacional de Saúde Pública, Alberto Najar, enquanto as equipes do Programa de Mudanças Ambientais Globais e do Departamento de Ciências Biológicas trabalharão os demais aspectos, a fim obter um índice para cada município Fluminense.
De acordo com a pesquisadora do PMAGS, Diana Marinho, o objetivo é que cada município tenha condições de responder às respectivas adversidades.
-Se acontecer alguma catástrofe, será que determinado município terá condições de responder a ela? Nossa preocupação é dizer: o município X está vulnerável e por que.
Segundo a pesquisadora, o propósito não é amedrontar a população ou criar falsas expectativas, mas ter transparência para apresentar as vulnerabilidades dos municípios, de modo que o Estado possa atuar com políticas públicas.
-Se há uma política que facilita o ajuste para que a população não jogue lixo na rua, ou que não tenha bueiros entupidos, é possível diminuir algumas doenças. A expectativa é que o resultado do trabalho contribua para que os tomadores de decisão possam utilizá-lo para melhorar as condições de vida das populações dos municípios indicados como vulneráveis – finalizou.
Fonte: Governo do Estado do Rio