Integração entre polícias, troca de informações, implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e criação de regiões integradas de segurança. Na opinião do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, esses foram alguns dos fatores responsáveis pela queda dos índices de criminalidade no estado do Rio em 2009, em comparação com o ano de 2008. As maiores reduções aconteceram no segundo semestre de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os números – coletados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) – foram apresentados na tarde desta segunda-feira (8/2), em entrevista coletiva à imprensa na sede da secretaria, no centro do Rio. Além do secretário de Segurança, participaram da coletiva o subsecretário de Segurança, Roberto Sá, o chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, o chefe de estado maior da Polícia Militar, coronel Álvaro Garcia, representando o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante da Polícia Militar, e o diretor-presidente do ISP, Paulo Augusto Teixeira.
Os quatro principais indicadores estratégicos – homicídios dolosos, latrocínios, roubos a veículos e roubos de rua – apresentaram queda no segundo semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. Os homicídios dolosos tiveram redução de 9%, os latrocíneos de 16%, os roubos a veículos de 22% e os roubo de rua de 7%.
Para o secretário de Segurança, os bons resultados estão diretamente ligados às ações implementadas a partir de julho do último ano, entre elas, a criação das Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs), a definição de metas conjuntas entre Polícias Militar e Civil e a utilização de metodologia de gestão de acompanhamentos e resultados, além da implantação de UPPs.
– Antes não havia metas. Hoje temos metas para os próximos 4 anos. Mesmo felizes com os resultados, ainda temos muito o que fazer. Quando tiramos de circulação armas de guerra nas UPPs, é claro que isso tem reflexo na diminuição dos homicídios. Mas, além da implantação das unidades de polícia pacificadora, outros índices também são responsáveis por essa diminuição, como a Operação Duas Rodas, da Polícia Civil, que tirou mais de quatro mil motos de circulação.
Além disso, o efetivo da Polícia Militar aumentou (mais mil homens nas ruas) – afirmou.
O subsecretário de Segurança acrescentou que as UPPs são o começo de uma estratégia de virada histórica no Rio, mas que elas, sozinhas, não são responsáveis pela diminuição dos índices.
– Desde o segundo semestre do ano passado, delegados e comandantes de batalhões conversam sobre metas estratégicas. A entrada do Turnowski e do Mário Sérgio também foi fundamental nesse processo – disse.
O chefe da Polícia Civil ressaltou a questão da premiação em dinheiro para os agentes de segurança, que dá mais motivação aos policiais para o cumprimento das tarefas.
– Antes, essa premiação era anual e o governador deu carta branca para que fosse semestral. Além disso, criamos uma divisão de homicídios para agilizar os casos. As próximas metas são a criação da Cidade da Polícia e a finalização do programa Delegacia Legal, que deve terminar até o fim desse ano – detalhou.
Fonte: Governo do Rio