O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ficou em 0,20%, na terceira prévia de junho ante 0,29% na pesquisa anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi a taxa mais baixa desde outubro do ano passado, quando o IPC-S fechou em 0,16%. Quatro dos sete grupos de despesas pesquisados apresentaram redução no ritmo de alta. Em habitação foi constado aumento de 0,30%, abaixo da medição anterior ( de 0,48%). O resultado é atribuído, principalmente, à queda de 0,71% na tarifa de energia elétrica, depois de ter aumentado em 0,14% na segunda prévia. Em despesas diversas, houve elevação de 1,11% ante 1,96% sob o efeito da redução dos cigarros (de 4,90% para 2,51%).
O grupo saúde e cuidados pessoais subiu 0,32% ante 0,47% com destaque para os artigos de higiene e cuidado pessoal que caíram em média 0,12% ante 0,48% no período anterior. No grupo educação, leitura e recreação a taxa passou de uma alta de 0,47% para 0,05%. Neste caso, a desaceleração foi motivada pela redução na velocidade de reajustes dos ingressos em salas de espetáculos ( de 1,14% para 0,28%).
O grupo transporte manteve-se em queda, mas já indica movimento de recuperação, tendo diminuído o percentual de (-0,15%) para (-0,07%). Em alimentação houve uma reversão da queda de -0,04% para alta de 0,01%. O IPC-S, tem preços levantados nas 12 capitais que formam a rede de coleta da FGV. No cálculo do índice, cada capital tem peso proporcional à sua população. Compõem o IPC-S cerca de 450 produtos e serviços, agrupados em sete classes de despesas. O cálculo do índice considera as despesas das famílias com renda mensal até 33 salários mínimos.
IGP-M
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu em meados de junho após ter registrado queda em igual período do mês anterior, devido à recuperação dos custos agrícolas no atacado e às pressões dos dissídios salariais na construção. O indicador teve variação negativa de 0,07% na segunda prévia de junho, ante baixa de 0,14% no mesmo período de maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
Entre os componentes, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve recuo de 0,21%, depois de cair 0,31% na leitura anterior. O IPA agrícola registrou alta de 1,20% agora, contra variação negativa de 0,06% anterior. O IPA industrial teve queda de 0,67%, acima do recuo anterior de 0,39%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu em ritmo menor, em 0,15% na segunda leitura de junho, ante alta de 0,33% no mesmo período do mês passado.
O arrefecimento decorreu de uma maior queda nos preços do grupo Alimentação de 0,36% agora ante 0,26% no dado anterior. Os custos de Saúde e cuidados pessoais apresentaram forte desaceleração da alta, para 0,40% contra 1,01% na segunda leitura de maio, mostrando que o reajuste dos remédios já está se dissipando.
O mesmo ocorreu com os preços de Despesas diversas, que subiram 1,36% contra alta anterior de 3,36%, mostrando a redução do impacto do aumento dos cigarros. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve forte avanço de 1,72% na segunda prévia de junho, seguindo ao declínio de 0,10% em igual período de maio. O item Mão-de-Obra acelerou a alta de custos para 3,89 por cento, ante dado anterior de 1,08%, refletindo os dissídios salariais da categoria em algumas capitais. os principais reajustes medidos pelo índice vieram de ajudante especializado, servente, pedreiro, carpinteiro e engenheiro.
Fonte: Correio do Brasil