Início Plantão Brasil Instituto Lula rebate reportagem da "Folha"; ombudsman critica erros do jornal

Instituto Lula rebate reportagem da "Folha"; ombudsman critica erros do jornal

No domingo (28/6), o Instituto Lula criticou a Folha de S.Paulo por atribuir, “sem nenhuma procuração ou comprovação”, declarações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de fontes anônimas. No mesmo dia, a Ombudsman Vera Guimarães Martins escreveu que “foi uma semana infeliz” para o jornal, com um balanço de erros no período “preocupante” e “constrangedor”.
 
 
 
Crédito:Reprodução
Segundo o Instituto, ao ser procurado pelo jornal na sexta-feira (26/7) com uma informação “incorreta”, respondeu que se tratava de “invenção” e que “o ex-presidente repudia e lamenta a reiterada prática do jornal de lhe atribuir afirmações a partir de supostas fontes anônimas, dando guarida e publicidade a todo o tipo de especulação”. 
 
 
Entre os erros destacados pela Ombudsman está outro caso envolvendo Lula.  Na quinta (25/6), o jornal publicou a manchete “Lula pede à Justiça para não ser preso por juiz da Operação Lava Jato”. O ex-presidente, entretanto não foi o autor do pedido. A Folha se retratou no espaço “Erramos”. Procurada por IMPRENSA na sexta (26/6), o jornal esclareceu que corrigiu a notícia depois de obter a íntegra do habeas corpus e que a correção foi publicada no site e Twitter.
 

Ao comentar o episódio, Vera ressaltou que o sistema de correção no digital é “bem pior que no papel”, uma vez que o registro de erros vem em letras pequenas no pé do texto. Como o texto é longo, é preciso ler até o fim ou rolar a tela para chegar ao aviso. Ela também contesta o jornal por manter a chamada errada no Twitter, onde pode continuar sendo reproduzida. 

 
 
 
“Se você nunca viu a seção Erramos no site, não é por distração, leitor. A impressão é a de que ela foi pensada para não aparecer. Não está integrada nos temas da barra superior e, por razão que me escapa, não é elencada em ordem alfabética da lista de “Seções” (botão azul à esquerda, no alto). Vem no fim: a lista tem 41 itens, o Erramos está no 39° lugar”, afirmou.
 
 
 
Para a Ombudsman, o jornal precisa rediscutir seus procedimentos nos dois meios. “Se a intenção é dar transparência e visibilidade a correções no site, seria mais eficiente explicar no mesmo arquivo que uma versão anterior do texto havia informado algo incorretamente”, acrescentou.