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Intenção de compra das famílias volta a crescer

A intenção de compra das famílias residentes na cidade de São Paulo voltou a crescer, em abril, diante da maior facilidade de acesso ao crédito com juros menores. É o que mostra a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

 

 

Em uma escala de 0 a 200 pontos, o índice atingiu 145,2 pontos em abril. O resultado é 2% superior ao registrado em março e 7,2% acima do verificado em igual mês do ano passado. De acordo com metologia da pesquisa, sempre que essa pontuação excede 100 pontos, a leitura que se faz do resultado é otimismo do consumidor.

 

No levantamento anterior, o ICF havia caído 5,2%. A alta de abril está associada a dois subcomponentes: Perspectivas de Consumo, com elevação de 10,6% ante março e de 13,4% sobre abril de 2011, e Nível de Consumo Atual, com expansão de 9,8% tanto na comparação com março quanto em relação a abril do ano passado.

 

O maior patamar foi alcançado no quesito Acesso a Crédito: 161,6 pontos, aumento de 2,6% no grau de satisfação. “O ânimo dos consumidores se deve à soma de uma série de fatores, entre eles, o esforço do governo na redução de juros dos bancos, bem como a tendência de o Banco Central em baixar a Selic. Medidas que significam o barateamento do dinheiro e beneficiam o consumo”, aponta a nota técnica da Fecomercio.

 

Entre os sete itens avaliados nas consultas feitas com 2.200 consumidores também foi constatada elevação de 1% no subcomponente Momento para Duráveis, com 151,1 pontos. De acordo com análise da Fecomercio, a tendência é manter em crescimento o desejo de comprar bens duráveis diante da decisão do governo federal de continuar com a política de redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para a eletrodomésticos da da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar etc.).

 

“A maior facilidade na obtenção de crédito também colabora para o bom desempenho, uma vez que esses produtos com alto valor agregado normalmente são adquiridos com financiamento de médio e longo prazo”, destaca a nota técnica.

 

A pesquisa identificou ainda que, apesar da melhora no ânimo em geral, os entrevistados se mostraram em pouco mais inseguros do que em março no que se refere ao mercado de trabalho. O quesito Perspectiva Profissional teve uma redução de 3,7%, mas superou em 13,8% o resultado de igual mês em 2011. No item Emprego Atual, houve queda de 0,9% e em Renda Atual, de 1,9%.

 

Para os analistas da Fecomercio, porém, esses resultados não sinalizam um alerta porque o ritmo de inflação vem perdendo força e o nível de emprego continua elevado. Essas condições – aliadas à redução dos juros cobrados pelos bancos públicos, com efeito sobre as taxas das demais instituições – devem manter o ICF em alta nos próximos meses, preveem os economistas da entidade.

 

Fonte: Agência Brasil