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IPP e FGV se unem para estimular economia e gerar empregos no Morro do Andaraí

O Instituto Pereira Passos, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, começa nesse sábado (15/03) um projeto-piloto para fomento e consultoria de negócios nas favelas cariocas. O primeiro local escolhido é o Morro do Andaraí e a primeira turma é formada por 18 moradores-empreendedores que serão assessorados e orientados por professores e alunos das faculdades de Economia, Direito, Administração e Matemática Aplicada da FGV durante dois meses.

 

– Queremos uma transformação positiva, sustentável e inclusiva nessas comunidades. Para isso, acreditamos que o desenvolvimento econômico e social é a chave para geração de empregos, renda e melhorias na qualidade de vida dos moradores – disse Eduarda La Rocque, presidente do IPP.

 

 

Em seguida, o Instituto vai montar uma carteira dos projetos deste moradores e oferecê-la a futuros parceiros investidores. Entre os trabalhos selecionados estão ateliês, salões de cabeleireiros, rádios e hortas comunitários, projetos de educação ambiental infantil e lanchonetes. A iniciativa foi muito bem aceita pelos moradores da comunidade.

Naila de Souza, por exemplo, alimenta desde 2010 o desejo de criar uma cooperativa de artesanato no Andaraí, mas por falta de capital nunca conseguiu tirar a ideia do papel, apesar do grande interesse dos moradores. Agora, com a formação e a assessoria que irá receber, seu objetivo é utilizar um grupo para coletar garrafas pet nas ruas para confeccionar cortinas, arranjos de flor, bolsas, estojos e porta-copos, por exemplo.

 

– Com o pouco que tínhamos já conseguimos montar um buffet com pessoas que moram na comunidade. Agora quero gerar oportunidade de emprego e renda para as pessoas daqui, oferecendo um curso de formação em duas turmas de 25 pessoas com idades de 15 a 80 anos e finalmente criar nossa cooperativa de artesanato – afirma Naila, que pretende criar o negócio na comunidade com sua irmã.

 

Esta também é a motivação de Claudio Duarte, morador da Divinéia e que mantém o desejo de transformar terrenos abandonados em hortas ou jardins comunitários no local.

– Quero poder melhorar a paisagem do Andaraí, já tive a oportunidade de fazer isso em um terreno repleto de lixo e pude ver a terra sendo despoluída, onde cresceram pés de acerola, goiaba e tamarindo. Vejo que essa é uma possibilidade de incentivar os jovens a trabalhar, temos condição de fazer o reflorestamento e até mesmo uma ajuda na contenção de encostas da região, por exemplo – diz o empreendedor.

 

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