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Jornada médica discute gripe suína no Brasil

Com o objetivo de aprofundar as discussões sobre a influenza A/H1N1, será realizado um painel sobre o tema na XI Jornada Nacional de Imunizações e na VI Jornada Fluminense de Imunizações – promovidas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), entre os dias 26 a 29 de agosto de 2009, no Rio de Janeiro. Quatro tópicos estarão em pauta, entre eles: como o vírus tem se comportado, um plano de contingência para enfrentar a pandemia e a produção de vacinas contra o vírus influenza.
 
Segundo a coordenadora do painel e vice-presidente da Sbim, Isabellla Ballalai, o evento será importante para fomentar a troca de informações sobre a doença. “As pandemias são imprevisíveis e nós médicos estamos sempre aprendendo com elas. Ainda precisamos estudar muito o vírus influenza A/H1N1 e suas diferentes manifestações. Há pessoas contaminadas que apresentam pouquíssimos sintomas e outras que rapidamente apresentam complicações e morrem”, observa.
 
A especialista explica que o foco principal hoje das autoridades na luta contra a A/H1N1 é esclarecer a população sobre prevenção, evitar internações e mortes por gripe, investir na produção de antivirais e da vacina. Segundo ela, prorrogar as férias escolares e conceder licença a servidoras gestantes são exemplos de estratégias pertinentes para enfrentamento da doença. “Enquanto não temos uma vacina, precisamos buscar formas de proteger os grupos de risco”, diz ela.
 
Enfrentamento sem pânico
 
Entretanto, a vice-presidente da Sbim frisa que – salvo as recomendações expressas dos órgãos de saúde – as pessoas devem procurar seguir a vida normalmente, apenas reforçando medidas preventivas, como lavar as mãos com frequência e evitar compartilhar objetos de uso pessoal. “Não vejo necessidade de cancelar uma viagem de férias para o hemisfério norte. Embora o inverno facilite a transmissão de vírus, uma pandemia não respeita estações do ano. Um bom exemplo disso é o aumento de casos da A/H1N1 nos EUA em pleno verão”, observa.
 
A vice-presidente da Sbim alerta que não há motivo para pânico. “Percebo que a divulgação de óbitos da doença tem deixado muitas pessoas assustadas, mas esses números não podem ser vistos de forma isolada. Até o dia 12 de agosto, a taxa de mortalidade registrada da A/H1NI no Brasil (0,09 mortes em cada grupo de 100 mil habitantes) estava em 15º lugar no ranking dos países com maior número absoluto de mortes. Além disso, felizmente a grande maioria dos casos tem se apresentado de forma leve”, observa Ballalai. A taxa de mortalidade (número de óbitos relativos à população) tem sido utilizada em vez de taxa de letalidade (número de mortes em comparação ao total de casos de determinada doença), pois não é possível contabilizar todos os casos da doença.

 

Fonte: RM Comunicação