Início Plantão Barra Jornalistas conhecem a riqueza da arquitetura do Rio

Jornalistas conhecem a riqueza da arquitetura do Rio

2016-09-12-press-tour-arquitetura-do-rio_paulo-araujo03-1-640x474

As razões que levaram a Unesco a premiar o Rio como Paisagem Cultura Urbana, pela forma como a população se relaciona com suas belezas naturais, foram apresentadas nesta segunda-feira (12/09) pelo Rio Media Center aos jornalistas que participaram de press tour no Centro e na Zona Sul. Ciceroneados pelos arquitetos da Prefeitura Augusto Ivan e Cláudia Granjeiro, eles tiveram uma aula sobre a história da arquitetura e do urbanismo carioca, desde o período colonial até os dias atuais. O roteiro contemplou Centro, Lapa, Marina da Glória, Parque do Flamengo, Botafogo, Copacabana, Ipanema, Leblon, Jardim Botânico e Lagoa.

 

 

Nos Arcos da Lapa, o grupo viu o aqueduto construído em 1750 para levar água do Rio Carioca para o chafariz na Rua da Carioca e que abastecia os moradores da região. Segundo Augusto Ivan, para resolver o problema do abastecimento, outros chafarizes foram construídos nos bairros da Lapa, Glória e Tijuca. Naquele período, também foram aterradas cinco lagoas, como a Lagoa da Ajuda, na Lapa, e a Lagoa do Boqueirão, onde é hoje o Passeio Público. Estas iniciativas estimularam a ocupação da cidade.

 

 

No Passeio Público, os jornalistas conheceram a história do Mestre Valentim, considerado o primeiro arquiteto brasileiro. O espaço criado por Valentim foi reformado por Auguste Glaziou, francês contratado por Dom Pedro II que projetou a Praça da República, o Campo de Santana e a Quinta da Boa Vista. Na Cinelândia, o grupo foi apresentado às mudanças ocorridas no início do período republicano, às reformas promovidas pelo então Prefeito Pereira Passos e à influência da arquitetura francesa. O local onde existia o Palácio Monroe (o antigo Senado, demolido para obras do metrô), a Câmara de Vereadores, a Biblioteca Nacional, o Theatro Municipal e própria Cinelândia são exemplos da influência da arquitetura francesa.

 

 

Na Avenida Calógeras, os jornalistas do RMC tiveram informações sobre a expansão do Centro e o Plano Agache, nos anos 20 e 30, que previa ruas mais largas. Entre as transformações, a inauguração do Aeroporto Santos Dumont e, em frente, a primeira praça projetada pelo paisagista Burle Max. No Museu de Arte Moderna (MAM), os repórteres foram apresentados à obra de Affonso Reidy, um dos mais importantes arquitetos modernistas. O grupo observou a entrada da Baía de Guanabara, o Monumento aos Pracinhas, a Marina e a Igreja da Glória, o Pão de Açúcar, além do Parque e do Aterro do Flamengo, com paisagismo de Burle Max.

 

 

No início do século XX, a ocupação da cidade se dá em direção a Copacabana. A arquiteta Cláudia Granjeiro apresentou fotos e informações sobre a Avenida Atlântica, construída no por Pereira Passos. O Hotel Copacabana Palace, construído em 1923, se tornou uma marca na divulgação da cidade.

 

 

Para o jornalista André Vieira, cinegrafista e editor do Globo Online, o press tour foi enriquecedor. “Não imaginava que a cidade era alagada e que antigamente faltava água. A gente nunca mais vai olhar o Rio como enxergava antes”, destacou André. Maria Alves, moradora da cidade e repórter do site digipauta.com.br, afirmou que teve contato com assuntos até então desconhecidos. “Hoje me senti uma turista no Rio, aprendi coisas que não tive conhecimento nem na escola”, brincou Maria Alves.