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Flagrada com o teor de álcool no sangue muito acima do permitido por Lei, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Suimei Meira Cavalieri irá responder a processo por dirigir embriagada. O exame do bafômetro a que ela foi submetida, na madrugada deste sábado, indicou 0,50 miligramas de álcool por litro de ar expelido, quase o dobro do índice de alcoolemia 0,29 mg/l, que configura infração gravíssima e prevê a detenção do motorista.

Cavalieri não foi presa porque, como a magistrada, tem foro privilegiado. Sua carteira de habilitação, porém, foi recolhida e ela recebeu a multa de R$ 957,70. O flagrante, durante uma blitz na pista sentido Zona Oeste da Autoestrada Lagoa-Barra, aconteceu por volta das 23h. No local era realizada mais uma operação para o cumprimento da Lei Seca, que completa um ano. Sumei é filha do ex-presidente do TJ, desembargador Sérgio Cavalieri e dirigia, sozinha, um Vectra preto quando foi detida por um dos agentes da Secretaria de Estado de Governo para a realização do teste do bafômetro.

A desembargadora, segundo os fiscais que a autuaram, manteve-se calma e solícita durante todo o tempo, mesmo depois de saber que não estava em condições legais para dirigir um automóvel. Ela entregou a carteira e foi levada num carro público para a central de flagrantes situada na 14ª DP (Leblon), onde foi lavrado o registro de ocorrência.

Segundo a delegada-titular, Tércia Amoedo, a desembargadora comentou com a delegada de plantão que realmente havia bebido durante um jantar com amigos, mas o encontro havia terminado há cerca de três horas e meia, tempo que ela julgou suficiente para dissipar o teor alcóolico do sangue, embora acreditasse que a quantidade de bebida também não fosse bastante para lhe causar o problema que agora terá que enfrentar.

Segundo informe da Secretaria de Governo aos jornalistas, a carteira da desembargadora será enviada ao Detran para abertura de processo legal, que irá definir o prazo de suspensão do direito de dirigir. A desembargadora, procurada por jornalistas, optou por não falar à Imprensa.

Fonte: Correio do Brasil