A Comissária de Justiça da União Europeia, Viviane Reding, disse na quinta-feira (23/8) que está preocupada com questões de liberdade de imprensa depois que autoridades do Reino Unido detiveram o brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, por nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres.
“Eu compartilho plenamente das preocupações de Jagland”, afirmou Reding em mensagem no Twitter, referindo-se a uma carta enviada ao governo britânico pelo líder do Conselho da Europa, Thorbjoern Jagland.
O editor do Guardian, Alan Rusbridger, afirmou que foi obrigado a destruir alguns dos arquivos secretos do jornal sobre Snowden durante uma visita de um alto funcionário do governo há um mês.
De acordo com O Estado de S. Paulo, o governo confirmou na última quarta-feira (21/8) que o funcionário enviado ao jornal era o Secretário de Gabinete, Jeremy Heywood, um funcionário público politicamente neutro e o assessor de política mais antigo do premiê David Cameron.
“Estas medidas, se confirmadas, podem ter um efeito potencialmente negativo sobre a liberdade de expressão dos jornalistas, garantida pelo artigo 10 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos”, explicou Jagland na carta.
O Guardian compareceu, em 21 de agosto, a um tribunal britânico para pedir um mandato que proteja os bens que o governo confiscou de Miranda.
Os advogados do brasileiro disseram que os itens apreendidos contêm informações confidenciais e pediram ao Supremo Tribunal que impeça que o governo “inspecione, copie ou compartilhe os dados”.
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