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Licitação definirá próximos 35 anos do Maracanã

O formato de licitação para o novo estádio do Maracanã dará ao grupo vencedor a concessão do complexo pelos próximos 35 anos, quando, ao final do período, a arena estará próxima de seu centenário. O tempo só começará a contar a partir da assinatura do contrato.

 

 

Uma surpresa do processo licitatório é a proibição da entrada de clubes na concorrência, deixando assim Flamengo e Fluminense sem chances de ‘dominar’ o estádio da forma como o Botafogo faz no Engenhão. O atual prefeito do Rio, Eduardo Paes, chegou a dizer enquanto era presidente da Suderj que a licitação do Maracanã “seria feita para o Flamengo”, mas depois voltou atrás, informando que seria impossível o clube da Gávea administrar sozinho o complexo, e que o ideal seria que Fla e Flu se unissem pelo estádio (quando fez a segunda declaração, o Botafogo já havia vencido a concorrência pelo Engenhão).

 

 

Por contrato, a empresa que assumir o complexo do Maracanã deverá pagar uma outorga (taxa) de R$ 7 milhões anuais ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, sendo que, por se tratar de uma licitação, esse valor poderá ser maior conforme lance dado pelos concorrentes. Outro ponto importante é que nenhum clube poderá ser impedido de utilizar o Maracanã, sendo, assim, vedado contrato de exclusividade entre o conglomerado vencedor e alguma das agremiações da praça, ou mesmo a seleção nacional. Durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas o local também deverá estar livre para uso nas competições.

 

 

Nome deve ser mantido; parque aquático e estádio de atletismo poderão ser demolidos

De acordo com o secretário da casa civil, Régis Fitchner, os nomes “Estádio Mário Filho” e “Maracanã” não poderão ser alterados. “Era uma possibilidade de ganhar dinheiro usando naming rights, mas optamos por não autorizar porque não é nosso desejo, nem tudo pode ser movido pelo dinheiro”, disse o secretário em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (22/10), exaltando a tradição do nome do estádio que, segundo ele, é o mais importante do mundo. Na época em que a arena foi oferecida ao Flamengo e ao Fluminense, em 2007, foi cogitado que quando o mando de campo fosse do tricolor, o estádio se chamaria Nelson Rodrigues, ilustre torcedor do Flu, enquanto nos dias de mando do rubro-negro o mesmo seguiria com o nome Mário Filho, tal qual ocorre em Milão, na Itália, onde Milan e Internazzionale dividem a mesma casa, que se chama San Siro em dias de jogos do Milan e Giuseppe Meazza quando o Inter joga.

 

 

Um fato que pode preocupar os amantes da natação e de esportes olímpicos é que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, destombou o parque aquático Julio Delamare e o estádio de atletismo Célio de Barros, com isso, ambos podem ter a fachada alterada ou mesmo irem ao chão. As duas construções haviam sido tombadas em 2002 pelo então prefeito César Maia, ex-padrinho e atual rival político de Paes.