Início Plantão Rio Licitação do Transporte Coletivo é retomada

Licitação do Transporte Coletivo é retomada

Depois de concluído o processo para a realização do concurso público dos servidores, com o envio das primeiras leis ao Legislativo buziano, o prefeito Mirinho Braga determinou que o Executivo retomasse a questão da licitação do transporte coletivo no município.
Ao longo das duas edições do Governo Itinerante, o prefeito pode perceber que a organização do transporte na Cidade é uma demanda colocada em pauta de forma reiterada, por parte de diversos segmentos da sociedade.
 
– Os governos itinerantes – instrumento de gestão que uso desde 1997 -, e sempre funcionou bem, me permitem confirmar essas demandas. Nestes encontros com a população, aquilo que não pode ser resolvido na hora, como é o caso do transporte coletivo, acaba ganhando maior valor e importância. As edições do ‘Governos Itinerantes’ revelam a urgência que determinada questão tem para uma comunidade, fazendo com que as ações do governo, no sentido de atender estas demandas, sejam aceleradas – ressaltou Mirinho.
 
De acordo com Ruy Borba, o trabalho concluído pela equipe da secretaria de Planejamento aguarda agora a promoção de alguns ajustes na infra-estrutura viária, bem como a construção de  pontos de parada para os veículos de transporte, além da fixação da tarifa.
 
Ainda de acordo com o secretário, ouvido pelo PH na tarde de terça-feira, o prefeito Mirinho Braga recomendou que a equipe do Planejamento chegasse às conclusões, para que o plano básico, bem assim a minuta do edital pudessem ganhar contornos definitivos, e pudessem ser apresentados em audiências públicas que serão realizadas pelo governo.
 
O transporte coletivo vem sendo apontado como principal eixo do Projeto de Mobilidade Pública, e, segundo Borba, que trabalhou de forma articulada com a Secretaria de Ordem Pública, a ‘sua formatação foi feita a partir de um conceito que contemplasse a universalização dos serviços,  freqüência, acessibilidade, segurança e, por fim, uma tarifa que coubesse no bolso do trabalhador. O secretário antecipou que nessa fase pré-licitação o secretário de Obras, Wilmar Mureb será um interlocutor bastante presente em razão de ser o responsável pelas mudanças na infra-estrutura viária da Cidade como; a construção de uma rodoviária, a fixação das paradas, e o calçamento e drenagem das ruas.
– O teto para a tarifa deve ficar em R$ 1,80, podendo ser ainda menor, caso os investimentos em infra-estrutura, que a Prefeitura vem realizando, colabore para um menor desgaste e depreciação dos veículos que virão a ser empregados nos serviços concedidos. No início dos trabalhos não conseguíamos baixar a tarifa da casa dos dois reais e trinta centavos. As equações para esse cálculo são muito complexas. Houve um impasse, então. Mas o prefeito bateu o martelo, e fixou como meta um teto de R$ 1,80 para a tarifa – revelou Ruy Borba. O secretário acrescentou também que ‘a organização do transporte coletivo permitirá que sejam introduzidas facilidades aos quase doze mil usuários que o sistema pretende atender por dia: uma destas facilidades seria a criação de um cartão de transporte, com bilhete integrado’.
Somente a Educação e Saúde superam em importância o projeto dos transportes
De acordo com o departamento de Comunicação da Prefeitura, esses dois projetos – o do concurso público e o de criação de um sistema organizado de transporte – são tidos pelo prefeito, como ‘projetos estruturantes’, e deverão contribuir substancialmente para um melhor ‘funcionamento’ da Cidade. Para o secretário Rafael Mika, ‘o concurso público possibilitará a formação de um quadro de profissionais efetivos, que vão carregar os valores permanentes da administração’.  Para Mika a implantação de um sistema de transporte coletivo, além de oferecer condições mais vantajosas ao usuário do que as atuais, contribuirá para diminuir as distâncias, não só físicas, mas também sociais em Búzios.
 
– A seleção de uma equipe, como de fiscais de transporte, prevista no concurso público, é um pressuposto importante para o bom funcionamento do sistema, para que haja um controle sobre os compromissos da concessionária que vencer a licitação. Sem essa equipe, somado ainda as definições sobre as áreas de estacionamento e determinação dos sentidos das vias, principalmente nas quais passarão os coletivos, ficaria muito mais difícil a fiscalização dos serviços, embora sejam os próprios usuários os mais eficientes fiscais – afirmou o cel. Rodolpho Lyrio.
 
O secretário de Planejamento pontua dificuldades que tiveram que ser superadas, como a de todas as áreas do município serem consideradas como sendo ‘urbanas’, quando de fato algumas têm características de rurais.
 
– O Plano Diretor apagou do mapa as áreas rurais, porque na base da sua inspiração havia interesses de especuladores imobiliários, que queriam mais terras para expandir seus negócios, e que estavam coordenando a elaboração do atual Plano Diretor – assinalou Borba, para dizer que mesmo assim o prefeito mandou que se desse tratamento a essas áreas, de baixa densidade populacional, de modo a que o transporte coletivo chegasse até elas, numa freqüência que desse conforto e assistência ao cidadão.
 
Outra dificuldade encontrada pela equipe do Planejamento foi a largura de determinadas ruas, muito estreitas, pela forma como se deu a ocupação em alguns bairros. A bitola estreita exigirá o uso de carros modais de menor porte, o que significa transportar um menor número de passageiros. Ainda de acordo com Borba, esse problema e a eventual perda de escala na prestação do serviço pressionou para cima o cálculo do preço da tarifa.
 

Fonte: Ouvidoria da Barra