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Mais investimentos em Ciência&Tecnologia

O governador Sérgio Cabral concedeu entrevista à revista Pesquisa Rio, editada pela Faperj(Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro 2009, e disse que a comunidade científica é uma grande aliada na superação de todos os desafios do Estado moderno, e que pode contribuir efetivamente para aumentar a eficiência das ações de governo.

Cabral defende o estímulo à curiosidade científica entre os jovens, a fim de prepará-los para o seu ingresso futuro nos campos da Ciência e da Tecnologia. Sobre o programa Estado Digital, adianta que é uma das prioridades sociais de sua gestão à frente do Executivo estadual, que irá oferecer uma importante ferramenta para o exercício da cidadania pela população fluminense.

Depois de, no início de seu governo, tomar uma decisão histórica para o fomento à pesquisa em Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro, ao assegurar o repasse de 2% da receita tributária líquida para a Faperj, o governador Sérgio Cabral volta a defender os investimentos em C,T&I(Ciência, Tecnologia e Inovação)pelo estado. Para Cabral, a parcela do orçamento destinada ao setor continua sendo estratégica para o Estado do Rio de Janeiro, e o conhecimento gerado nas universidades deve se transformar na principal fonte de consultoria e parceria em programas de governo.
O crescimento econômico, de acordo com o governador, tem como principal alavanca a inovação, que já dita o ritmo do dia a dia das iniciativas do governo do estado. Cabral lembra a grande mostra Rio Inovador, realizada na segunda quinzena de setembro, no jardim de inverno do Palácio Guanabara.
Em 2007, ainda nos primeiros meses da sua gestão, o senhor decidiu assegurar o repasse de 2% da receita tributária líquida para a FAPERJ fomentar a Ciência, a Tecnologia e a Inovação.
Passados três anos, como o senhor avalia esta sua decisão?<> Tratava-se, obviamente, do cumprimento da legislação que determina o repasse de 2% da receita tributária líquida para a Faperj e que não vinha sendo cumprido. Por outro lado, é consensual que o progresso econômico tem como instrumento principal a inovação, por meio das pesquisas científicas e tecnológicas que propicia, inclusive, a transformação do cenário produtivo dos países, como os asiáticos, que exemplificam com clareza tal estratégia.

A Faperj tem como missão fomentar a cultura da investigação científica que, em decorrência, poderá resultar na inovação como um produto de qualidade, e, assim, cumprindo com excelência a sua participação na execução da política de desenvolvimento da nossa gestão. Para isto, incentivos como a Faperj tem realizado, estimulando a pesquisa científica e tecnológica em áreas estratégicas para o estado e para o País, não somente em instituições de ensino e pesquisa, mas também com o apoio à inovação em micro e pequenas empresas, com recursos para o desenvolvimento de pesquisas e bolsas para a formação de pesquisadores e fixação de pós-doutores, vem ao encontro dos anseios das associações empresariais.

– Considero a comunidade científica uma grande aliada na superação de todos os desafios do Estado moderno, e que pode contribuir efetivamente para aumentar a eficiência das ações de governo atender ao pressuposto na Lei Estadual de Inovação.

– O senhor tem reiterado que é imprescindível utilizar o conhecimento gerado pelas universidades públicas fluminenses em favor do desenvolvimento social e econômico da população do estado. Como anda a relação das universidades com o Executivo estadual?

– As universidades devem se constituir na nossa principal fonte de consultoria na prospecção de rumos e estratégias de governo, bem como posicionar-se como parceira no apoio ao cumprimento de nossos programas de governo, por meio de um forte alinhamento a todas nossas funções de estado.
Nossas Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Uenf, Universidade do Norte Fluminense, e Uezo, Centro Universitário da Zona Oeste, têm demonstrado plena consciência deste papel e se alinhado, cada vez mais, aos esforços no sentido de um crescimento econômico e social autossustentado e orientado à melhoria da qualidade de vida de nossa população. Ainda que tenhamos experimentado avanços nesta relação, é verdade que o processo é lento, pois, na verdade, estamos a ‘desconstruir’ uma cultura de distanciamento de muitas décadas.

Também é fato concreto o apreço e o reconhecimento dos pesquisadores das universidades públicas fluminenses pela nova proposta de ação da Faperj, que vem sendo aplicada a partir de 2007. A tendência é tornar ainda mais objetiva e atraente a possibilidade de alcance dos benefícios esperados, capacitando as universidades estaduais a continuarem a auxiliar o estado na resolução de questões imediatas e fundamentais para o nosso desenvolvimento econômico e social.
No mês de setembro de 2009, o programa Rio Inovador promoveu uma mostra no Palácio Guanabara, com os produtos e protótipos desenvolvidos com o apoio do estado à área de pesquisa e inovação tecnológica. Especialistas apontam que esse é um dos gargalos para o desenvolvimento do País, já que a maioria dos nossos pesquisadores está dentro das instituições de ensino e pesquisa, e não na iniciativa privada. Como esse quadro pode ser revertido?

O estado do Rio de Janeiro reúne condições bastante favoráveis no que diz respeito à inovação, possui um quadro de cientistas de excepcional qualificação, é sede de mais de uma centena das mais importantes instituições de Ciência e Tecnologia do País e possui uma forte capacidade empreendedora no setor empresarial. A inovação já vem ditando o ritmo de nosso dia a dia, mas somos capazes de mais. Ainda existem obs- táculos a serem superados para a concretização da sinergia universidade-empresa-governo, fundamental para os processos de inovação. Repousam ainda muitos mútuos preconceitos entre essas instituições, mas que poderão ser erradicados no momento em que nos atribuamos desafios comuns. Ao quebrar os muros que separam estas instituições e construir pontes entre elas, naturalmente estaremos promovendo as migrações,não apenas de cientistas e pesquisadores para as empresas, mas também aproximando experientes empreendedores privados de uma vivência acadêmica, e ambos se articulando para apoiar o papel principal da inovação a serviço da sociedade.

O programa Rio Inovador, desenvolvido pela Faperj, tem propiciado iniciativas concretas na área da Pesquisa e da Inovação que aproximam universidade e empresa e nos animam a acreditar na expansão dos seus êxitos em escala progressiva.
Leia integra da entrevista no endereço:
http://www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=990

Fonte: Governo do Rio