Enfim o governo decidiu continuar com desconto aos consumidores brasileiros. É que ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos por mais três meses. A medida, que valeria apenas até hoje, agora foi estendida até o final de setembro. De acordo com Mantega, a volta da cobrança do imposto será gradual ao longo do quarto trimestre. No entanto, o procedimento para a volta da cobrança do imposto não foi informado. Mantega confirmou também que no setor de caminhões a redução do IPI valerá até o final do ano. — A redução é necessária, porque esse segmento foi um dos mais afetados pela crise financeira internacional — avaliou, anunciando ainda a prorrogação por mais três meses da redução da Cofins para motos. Segundo o ministro, nesse caso, assim como no setor automotivo, há um compromisso de não haver demissões no período em que vigorar o benefício tributário. Outra prorrogação, até 31 de outubro, diz respeito à redução do imposto para produtos da linha branca. Também foi estendida, para 31 de dezembro, a desoneração de IPI para material de construção. Mantega informou que para esse setor o prazo é maior porque há características específicas na realização de obras. — Na lista de materiais que terão redução do imposto está sendo incluídos os vergalhões de aço e cobre — explicou. O ministro aproveitou a ocasião p ara confirmar, que será mantida a isenção de PIS e Cofins até o final de 2010 para trigo, farinha de trigo e pão francês. No caso do setor de bens de capital (máquinas e equipamentos), Mantega anunciou a redução de IPI para 70 itens até 31 de dezembro deste ano. — Entre esses itens estão às válvulas industriais que são muito usadas pelo setor — anunciou.
Medida aumentará vendas de carros
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirmou que a prorrogação da redução do IPI sobre vendas de automóveis, anunciada ontem pelo Governo Federal, permitirá o aumento de vendas no setor. — São medidas veementes no sentido de manter a atividade econômica no País — afirmou. De acordo com Schneider, os números sobre as vendas de carros no primeiro semestre do ano, que ainda não estão fechados, deverão ser superiores às vendas do mesmo período do ano passado. — Provavelmente, deveremos fechar este semestre com um novo recorde de vendas — afirmou, informando de forma genérica que as vendas no primeiro semestre de 2008 foram em torno de 1,5 milhão de automóveis.
Fonte: Da redação