O Ministério das Cidades vai apoiar a reconstrução ou reforma das casas atingidas pelos deslizamentos de terras ocorridos no final do ano passado no município de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, disse o ministro Márcio Fortes.
-Teremos que agir para disponibilizar casas para aqueles que perderam. Temos que ver a questão da reforma das casas, quando for o caso, se não tivermos que fazer a remoção, como ocorreu em Santa Catarina – afirmou Fortes.
Em Angra, uma das áreas mais atingidas por deslizamentos de terra foi a Ilha Grande.
O ministério começará a atuar depois que forem concluídos os trabalhos de busca e resgate de vítimas pela Defesa Civil, segundo informou Fortes. DE acordo com o ministro, o órgão aguarda a definição do número de habitações que terão de ser reformadas ou reconstruídas para que haja uma ideia do montante financeiro que será necessário.
-Primeiro entra a Defesa Civil, com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Depois, entra a Saúde. Entramos em um segundo momento, quando houver aestabilização da encosta, para verificar se é conveniente manter [as pessoas] no mesmo local ou fazer a remoção e construir em outras áreas. É preciso saber onde há terras disponíveis e quantas casas terão de ser reconstruídas.
O ministro disse ainda que vários programas poderão ser usados na reconstrução ou realocação das casas prejudicadas pelas fortes chuvas que causaram, até agora, 50 mortes em Angra dos Reis e na Ilha Grande. Entre eles, o Minha Casa, Minha Vida, o Fundo de Habitação de Interesse Social e o Crédito Solidário.
-Temos várias alternativas para atender essas populações que foram vítimas de catástrofes.
Na Baixada Fluminense, onde várias cidades também foram prejudicadas pelas fortes chuvas na virada do ano, o Ministério das Cidades já tem em andamento vários projetos de micro e macro drenagem, no valor de R$ 1,1 bilhão.
-Micro e macro drenagem servem para conter as águas pluviais, para conter inundações – explicou.
Outros projetos estão voltados às áreas de saneamento e esgotamento sanitário, envolvendo despoluição dos rios. Fortes destacou também que são feitas operações de dragagem para evitar inundações e a poluição. Em todo o Brasil, o ministério apoiou projetos com essa finalidade em 2009, com recursos que alcançaram R$ 4,5 bilhões. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro foram alguns dos estados beneficiados.
O ministro alertou para o fato de que, em Angra, a exemplo do que ocorre em regiões de várzeas, é preciso ter cuidado com a geologia para que não se construam casas em áreas de risco.
-É preciso fazer um ajuste novo entre a geologia e a climatologia, porque o clima tem mudado e a intensidade das chuvas tem sido acima do normal. O que poderia parecer mais ou menos tranquilo para a geologia algum tempo atrás, hoje em dia tem que ser repensado em função da nova realidade climática, que provoca ventos e ciclones extra tropicais no Sul e chuvas muito intensas na Região Sudeste.
Fonte: Governo do Rio