Por Joyce Pimentel*
A reunião mensal do 31º Conselho Comunitário de Segurança (31º CCS), realizada hoje (11/05) na Paróquia São Francisco de Paula, abordou temas que já estão sendo cobrados há um bom tempo pela população. Desta vez, foram apresentadas algumas soluções e dadas informações sobre o andamento das questões consideradas prioritárias.
A principal reivindicação é a instalação de câmeras de segurança no entorno de agências bancárias com intuito de diminuir as ações de marginais no crime saidinha de banco.
— O assunto não foi colocado de lado não. Estive com o secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame e ele me garantiu que o governo cede as câmeras. No entanto, há como arcar com as despesas de manutenção. Por isso peço que aqueles que possam colaborar de alguma forma nos avise — solicitou o presidente do 31º CCS, Geraldo Freire de Castro, o Castrinho.
Outro tema abordado é o “projeto” Barra Iluminada, que consiste na iluminação das vias públicas não só da Barra da Tijuca, mas do Recreio dos Bandeirantes e das Vargens. A maioria dos moradores reclamou da iluminação precária. O assunto já tinha sido abordado na reunião do 31º CCS do mês passado. Na ocasião, foi solicitado aos vereadores Carlos Caiado e Tio Carlos, ambos do Partido dos Democráticos (DEM) e que representam a região na Câmara dos Vereadores.
O presidente do Conselho informou que Caiado enviou um documento informando o que poderá ser feito para resolver o problema. Já o vereador Tio Carlos, presente na reunião, revelou que está fazendo um estudo sobre a área.
— Estou há poucos meses como vereador, então decidi fazer um estudo da região para analisar o que pode ser feito a respeito, pois não terei uma solução de primeira — explicou o parlamentar.
Sensação de segurança
Mas o assunto principal foi o aumento no combate as ações marginais nos últimos dias. Há pouco mais de 15 dias a frente do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), o tenente coronel Quemento, que assumiu o lugar deixado pelo coronel Mouzinho, já mostrou a que veio.
No último fim de semana, até uma idosa foi presa após usar sua casa, juntamente com o neto, como ponto de venda de drogas no Recreio dos Bandeirantes. Outras ações também foram deflagradas na região como a prisão de um fuzileiro naval envolvido com um grupo de milícia que se instalou no Recreio e a operação no Parque das Rosas, cujo o saldo foi de sete pessoas presas, sendo que um dos presos portava maconha.
— As ações de repressão continuarão e serão feitas em conjunto com a Polícia Civil, na figura do delegado Carlos Augusto, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) — adiantou o comandante Quemento.
Em sua opinião, endossada por Castrinho, e pelo próprio delegado da 16ª DP, o aumento da violência na região se deve as operações policiais nas comunidades Cidade de Deus, Santa Marta e outras da Zona Sul.
— Sinceramente, a ocupação da Cidade de Deus não foi boa para a região. Os marginais estão fugindo para essa área e consequentemente aumenta os números de crimes na região — avaliou Carlos Augusto.
O novo comandante do 31º BPM, aproveitou a ocasião para informar que não há mudanças significativas no planejamento do combate a violência. A ideia do coronel Quemento é manter a estratégia da gestão anterior.
— No primeiro momento não mexemos muito na estrutura do batalhão. Apenas dei um toque pessoal na maneira de comando e o fundamental é a parceria com a Polícia Civil, pois não trabalhamos isoladamente — revelou, acrescentando que na próxima reunião mensal do CCS apresentará a evolução criminal do bairro comparada há dois anos.
Outra preocupação dos moradores diz respeito a praça localizada no final da Rua Jorge Emílio Fontenelle, no Recreio dos Bandeirantes. No local, próximo a escolas, jovens fuma maconha sem nenhuma preocupação ou receio de uma abordagem policial.
— Nossa preocupação são com nossos filhos e netos que estudam na região. Quem garante que traficantes não possam estar infiltrados ali oferecendo droga para os jovens? — questionou a moradora Andréa Castro.
Uma outra moradora contou que a viatura da polícia passa pelo local e às vezes revista os jovens em atitude suspeita, mas não encontram nada que possa incriminá-los.
— Quando a polícia vai embora eles tiram a droga de dentro da roda da bicicleta e outros do skate. A maconha normalmente está presa com chiclete e quando os PMS vão embora eles “comemoram suas vitórias” acendendo um baseado. Isso é revoltante — indignou-se outra moradora, que pediu para não ser identificada.
As denúncias foram feitas, as promessas também e o que resta aos moradores é esperar as devidas providências serem tomadas. E o que todos concordam é que mudanças já começaram a acontecer com o novo comando do 31º BPM.
* repórter especial AIB – [email protected]
Fonte: AIB