A 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 2ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ofereceu denúncia em face de Vitor dos Santos Gomes, vulgo Mike Vitor, policial militar acusado de tentar matar, com disparos de arma de fogo, um advogado, na madrugada do dia 18 de novembro de 2011, em Niterói. A Promotoria, ratificando a representação do delegado de Polícia, requereu junto ao Tribunal do Júri de Niterói a prisão preventiva do PM, que é lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Borel. Ele foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado, tendo, segundo a denúncia, agido por motivação fútil, delito de natureza hedionda.
De acordo com a denúncia, momentos antes do crime, a vítima, que estava em uma lanchonete conhecida como “Ponto Jovem”, no bairro Icaraí, teria discutido com três pessoas e, ao sair do local dirigindo seu carro, passou a ser perseguido por um veículo ocupado por elas (duas mulheres e um homem). Em seguida, na Rua Doutor Paulo Alves, no bairro Ingá, outro veículo surgiu, e nele se encontrava o PM Vitor, que também passou a perseguir a vítima, tendo começado a efetuar disparos de arma de fogo em sua direção e a seu automóvel, sem contudo atingi-los.
A denúncia narra que o advogado tentou despistar, dando uma volta no quarteirão e, ao entrar novamente na referida rua, tornou a ser alvejado pelo denunciado. A vítima então dirigiu-se à Praça da Cantareira, no bairro São Domingos, local movimentado, onde conseguiu se misturar a outras pessoas. A denúncia informa também que uma das mulheres com quem o advogado teria discutido é conhecida do denunciado e, durante a perseguição, manteve contato telefônico com o celular dele a fim de relatar o ocorrido, tendo o PM ido ao encontro dos envolvidos e procurado intervir de forma violenta.
Durante as investigações, a Polícia Civil tentou ouvir o PM, mas, apesar de ter contratado advogado, ele não compareceu à DP. Recentemente, de acordo com a Promotoria, o PM foi encontrado na porta da residência da vítima, que se sentiu intimidada. “As circunstâncias delitivas demonstraram que o denunciado, justamente por ser policial militar, lotado na UPP do Borel, deve ter maior responsabilidade, maturidade e dar exemplo, procurando evitar confusões e dirimir conflitos, ao invés de se envolver em conflitos, inclusive com arma de fogo e efetuando disparos na via pública, pois deve evitar a prática de crime e de homicídios e não procurar cometê-los”, relata trecho da denúncia.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social – MPRJ