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Musical do Nós do Morro encerra temporada popular com ingressos a R$ 1

nos-do-morro-foto-ricardo-gama-(131)Depois de temporadas de sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, São Paulo e Lisboa, o espetáculo ´Bandeira de Retalhos’, do grupo Nós do Morro, prossegue com as apresentações nos dias 29 e 30 de novembro, na Arena Carioca de Pedra de Guaratiba, com ingressos a R$ 1. A peça ficciona o episódio histórico de 1977, quando o governo tentou expulsar parte dos moradores do Vidigal. Eles resistiram e, com o apoio da população, de setores da igreja católica e da imprensa, mudaram a demografia do Rio de Janeiro e do país para sempre. O texto é de Sérgio Ricardo; e a direção, de Guti Fraga e Fátima Domingues.

 

Em dezembro, o grupo do Vidigal atravessa a ponte e encerra as atividades de 2013 do Teatro Popular de Niterói, ficando em cartaz de 6 a 15 de dezembro, de sexta a domingo, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).

 

“Este espetáculo dá continuidade à busca do Nós do Morro por uma linguagem mais popular para o teatro, através da montagem de espetáculos musicais que falam do cotidiano ou da história dos moradores do Morro do Vidigal, berço ou moradia da maioria dos atores que compõem o elenco de Bandeira de Retalhos”, fala Fátima Domingues, que divide a direção de ‘Bandeira de Retalhos’ com Guti Fraga.

 

Sérgio Ricardo se mudou para o Vidigal em 1975 com o intuito de transformar em cinema a bossa social ‘Zelão’, uma de seus músicas mais conhecidas e principal hit do álbum ‘A bossa romântica’, de 1960. A ideia inicial era morar um ano no barraco no Vidigal, mas, ao saber da possibilidade da expulsão das famílias do local, ficou por lá por mais tempo e se tornou personagem da luta. Na trilha da peça, ‘Calabouço’ e ‘No Vidigal’, obras do compositor que marcaram os anos 70 e mais 11 músicas, algumas delas compostas especialmente para a montagem. Luís Paulo Corrêa e Castro, um dos fundadores do grupo e autor teatral, assina a supervisão dramatúrgica.

 

Em cena, os atores Alexandre Cipriano, Alexis Abrahan, Aline Xavier, Cida Costa, Cláudio Tozar, Danilo Batista, Edson Oliveira, Flavio Mariano, Francisca Damião, Jackie Brown, João Gurgel, Kizi Vaz, Lorena Baesso, Luiz Henrique Delfino, Luzinete Barbosa, Marcelo Mello, Maga Cavalcante, Marília Coelho, Nino Batista, Priscila Marinho, Renan Monteiro e Rosangela Gonçalves. Armando, presidente da associação de moradores, Conceição, dona de uma birosca, e Duque são alguns dos personagens da história real. O advogado Bento Rubião, o deputado Délio Santos e Ana Maria Noronha, da Pastoral das Favelas, personagens da história que lutaram pela causa dos moradores e hoje nomeiam ruas do Vidigal, também estão representados na trama. Tuim é o alterego do autor, ele mesmo um personagem dessa história, que é interpretado por seu filho, o músico João Gurgel.

 

“O trabalho de preparação e criação durou cerca de seis meses, unindo atores, corpo técnico e a direção administrativa do Nós do Morro, todos empenhados na realização de um espetáculo que fala fundo ao coração dos moradores da favela: protagonistas de um episódio de resistência que ultrapassou as fronteiras do Vidigal e estão registradas na história como um exemplo da luta contra a opressão e o autoritarismo da ditadura militar e os seus ataques contra o direito à moradia”, explica a diretora Fátima Domingues sobre o processo de criação de ‘Bandeira de Retalhos’.

 

Assistido por cerca de oito mil pessoas, o espetáculo fez quatro apresentações lotadas no Chapitô, em Lisboa, em maio deste ano, por conta do Ano do Brasil em Portugal. Além de Portugal e do Casarão do Nós do Morro, ao longo do último ano, ‘Bandeira de Retalhos´ foi apresentada no Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea), na Praça Tropicália, em frente à sede do Afroreggae, em Vigário Geral, no Teatro Calouste Gulberkian, no Rio de Janeiro; e também passou pelos palcos paulistanos do Itaú Cultural, em agosto de 2012, e da VIII Mostra de Latino-Americana de Teatro de Grupo, realizada no Centro Cultural São Paulo, em abril passado.

A peça tem cenários de Rui Cortez e figurinos de Pedro Sayad e Tita Nunes que recriam a estética do fim dos anos 1970 explorando a moda e imagens de fotografias da época reproduzidas em tecidos que cobrem parte do cenário. A bica do Vidigal, espaço onde se desenrola parte da ação da peça, ganha destaque na iluminação de Márcia Francisco. Tiago Barbosa assina a preparação de canto do elenco e a assistência de direção; Wellington Soares, a preparação rítmica; Johayne Hildefonso, a direção de movimento; e Zezzé Silva, a direção de produção de ‘Bandeira de Retalhos’.

 

A temporada popular é uma realização do Ministério da Cultura junto ao grupo Nós do Morro, com patrocínio da CCR, produção executiva da Artcom e da Eureka, promoção do jornal Meia-Hora e apoio da Fundação das Artes de Niterói e Secretaria Municipal de Cultura de Niterói.

‘Bandeira de Retalhos’ – Ficha Técnica

Direção Geral: Guti Fraga e Fátima Domingues

Texto e Direção Musical: Sérgio Ricardo

Elenco:

Alexandre Cipriano, Alexis Abrahan, Aline Xavier, Cida Costa, Cláudio Tozer, Danilo Batista, Edson Oliveira, Flavio Mariano, Francisca Damião, Jackie Brown, João Gurgel, José Mario Farias, Kizi Vaz, Lorena Baesso, Nino Batista, Luiz Henrique Delfino, Luzinete Barbosa, Marcello Melo, Maga Cavalcante, Marília Coelho, Priscila Marinho, Renan Monteiro e Rosângela Gonçalves.

Direção de Movimento: Johayne Hildefonso

Direção de Arte: Rui Cortez

Direção de Produção: Zezzé Silva

Iluminação: Márcia Francisco

Figurinos: Pedro Sayad e Tita Nunes

Supervisão Dramatúrgica: Luiz Paulo Corrêa e Castro

Direção vocal e Canto: Tiago Barbosa

Codireção Musical: João Gurgel

Preparação Rítmica: Wellington Soares

Preparação Vocal: Leila Mendes, Isabel Schumann e Roberta Bahia

Fotos: Ricardo Gama

Assessoria de Imprensa: PAGU Comunicação

‘Bandeira de Retalhos’ – Serviço – Direção Geral: Guti Fraga e Fátima Domingues; Texto e Direção Musical: Sérgio Ricardo

Sinopse: ‘Bandeira de Retalhos’ ficciona o episódio histórico de 1977, quando o governo tentou expulsar parte dos moradores do Vidigal. Eles resistiram e, com o apoio da população, de setores da igreja católica e da imprensa, mudaram a demografia do Rio de Janeiro para sempre. A peça é um musical 100% brasileiro, realizado pelo grupo Nós do Morro, que fala de união, política e solidariedade, ao som de músicas de Sérgio Ricardo.

Gênero: Musical

Duração: 105 min

Classificação Indicativa: 16 anos

Capacidade: 308 lugares

Arena Carioca Abelardo Barbosa – Chacrinha – Rua Soldado Eliseu Hipólito, s/n esquina com Av. Litorânea – Pedra de Guaratiba
29 e 30 de novembro – sextas e sábados, às 21h;
Ingresso: R$ 1

Teatro Popular de Niterói – Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº, Centro de Niterói (atrás do Terminal Rodoviário João Goulart)

6, 7 e 8 de dezembro, às 21h – sexta e sábado, às 21h; domingo, às 20h;

13, 14 e 15 de dezembro – sexta e sábado, às 21h; domingo, às 20h

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

 

Assessoria