A partir desta segunda-feira, dia 28, às 15h (horário de Brasília), o site jornalístico mais acessado e respeitado do mundo deixará de ser gratuito, num movimento acompanhado de perto pelos magnatas da mídia ansiosos por novas fontes de receita em meio à crise. Os especialistas do setor, por sua vez, estão divididos, mas compartilham a dúvida sobre a eficácia do que o "New York Times" propõe.
Quem não for assinante do "Times" poderá ler apenas 20 artigos gratuitos por mês no site. Depois disso, terá o acesso bloqueado às notícias. Para ter acesso ilimitado às notícias no site e no aplicativo para celulares, será preciso pagar US$ 15 por mês ou US$ 195 por ano. Por US$ 20 mensais ou US$ 260 ao ano, o leitor garante acesso livre no NYTimes.com e no iPad. Com US$ 35 ao mês ou US$ 455 ao ano, consegue-se ler tudo nas três plataformas.
O modelo já é testado no Canadá desde o dia 18 e será aplicado ao resto do mundo a partir desta segunda. Quem quiser assinar pode fazê-lo no próprio site. A decisão tomada pelo "The New York Times" de cobrar pelo conteúdo digital consumiu mais de um ano de caloroso debate interno e, mesmo após tudo isso, está longe de ser consensual.
O jornalista e professor da Faculdade Cásper Líbero Caio Túlio Costa não sabe se a cobrança dará certo, mas tem certeza de que o destino da política de conteúdo do jornal mais influente do mundo será decisiva para o futuro do jornalismo digital, “A julgar pelas experiências anteriores, esse modelo de negócio tem grandes chances de não dar certo. Mas seus resultados vão certamente influenciar todos os outros veículos jornalísticos. Isso que é importante”, informou Costa
Fonte: Portal de Imprensa