* A Prefeitura, através da Coordenadoria Geral de Projetos (CGP), órgão subordinado à Secretaria Municipal de Obras, realiza vistorias rotineiras nas obras-de-arte especiais do município do Rio de Janeiro. No caso do Elevado das Bandeiras, conhecido como Elevado do Joá, devido ao seu histórico de patologias e intervenções, há um cuidado ainda maior. Prova disso é a contratação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia – COPPE, para avaliar, de modo mais detalhado, o atual estado de conservação estrutural do elevado.
Em fevereiro deste ano, preocupado com as informações sobre as condições estruturais do Elevado, o secretário municipal de Obras, Luiz Antonio Guaraná, começou a buscar, junto aos técnicos da CGP, respaldo técnico especializado para diagnosticar o real risco à população. Foi realizada vistoria no Elevado das Bandeiras, acompanhada pelo secretário, e com a participação do corpo técnico da Prefeitura em conjunto com os professores Eduardo Batista e Luiz Miranda, da COPPE. A partir dessa vistoria, foi iniciado o processo – que está tramitando na Procuradoria do Município – para a parceria com o instituto, visando a realização de sondagens mais profundas, que serviram para embasar as intervenções que serão realizadas pela Prefeitura. Nessa ocasião, os técnicos tiveram a oportunidade de percorrer diversos trechos do elevado, inclusive, o pilar 23 que foi mostrado na foto da reportagem do jornal da Associação de Imprensa da Barra.
Segundo a avaliação dos profissionais, esse pilar sofreu desgaste causado pela ação das ondas, atingindo a camada de proteção, que já havia sido reparada. A solução para esse caso específico deverá ser a mesma adotada na recuperação dos pilares adjacentes: a construção de uma barreira de concreto cuja foto foi anexada. No momento, não há risco iminente de instabilidade e a recuperação deve ser executada em breve.
Sobre a questão das juntas de dilatação e vedação, a Prefeitura esclarece que, devido a uma má concepção de projeto, o elevado tem um número excessivo de juntas. Além disso, diversos fatores contribuem para o desgaste precoce, como ambiente agressivo, tráfego intenso e tempo limitado para interdição. Dessa forma, a Secretaria de Obras desenvolveu um amplo estudo de tecnologias e procedimentos e elaborou uma nova metodologia, que pode ser executada durante o período noturno e que apresente uma elevada qualidade e, consequentemente, durabilidade. A SMO concluiu este mês um teste dessa metodologia em duas juntas. Os resultados preliminares têm mostrado que a metodologia é bastante eficiente, sendo necessários apenas poucos ajustes. A previsão é de que todas as juntas estejam recuperadas em 2011.
A CGP já realizou um pré-levantamento completo dos serviços a realizar no elevado e aguarda a conclusão dos relatórios do estudo da COPPE para elaborar um termo de referência para a licitação da recuperação estrutural total do elevado.
A Prefeitura informa, ainda, que não teve acesso aos relatórios citados pela reportagem e acrescenta que o diagnóstico “É um viaduto que está na UTI” não reflete a atual situação. É preciso ressaltar que a atual administração da Prefeitura atua, desde o primeiro momento de governo, de maneira responsável, buscando a manutenção e monitoramento constante do Elevado do Joá. Não há motivo para alarmar a população, já que as ações da CGP são realizadas em caráter preventivo. Importante frisar que já foi realizada intervenção nas juntas de dilatação, iniciada em meados de outubro e finalizada no dia 12 de novembro.
Sobre a parceria com a Coppe, a Prefeitura esclarece que o instituto foi escolhido por já ter efetuado ensaios e estudos que constituíram um diagnóstico que auxiliou as intervenções de reforço efetuadas no elevado na década de 90. Desta forma, podemos estabelecer um critério comparativo ao longo do tempo e avaliar com precisão a situação atual e quais os procedimentos a serem adotados. A Procuradoria Geral do Município jáautorizou esse trabalho e, atualmente, está em fase de assinatura do contrato.
* Carta publicada na íntegra
Fonte: Secretaria Municipal de Obras