Mais um importante passo para a revitalização da Zona Portuária foi dado na tarde de hoje, dia 28, com a apresentação do edital e do projeto para a construção de nova sede do Banco Central do Brasil, num terreno próximo à Cidade do Samba, na Gamboa. Localizado na altura do Armazém 8, o terreno vai receber um prédio de última geração, com tecnologia que garante o mínimo de impacto ambiental desde a construção até o funcionamento dos escritórios.
O projeto do novo prédio foi apresentado pelo prefeito Eduardo Paes e pelo presidente em exercício do BC, Alexandre Tombini, durante encontro no Palácio da Cidade, sede oficial da Prefeitura do Rio, em Botafogo. Participaram do evento vários diretores da instituição financeira e ainda os secretários municipais de Urbanismo, Sérgio Dias, e Extraordinário de Desenvolvimento, Felipe Góes.
– Essa é a primeira decisão concreta de investimentos de uma instituição ali na Zona Portuária. Além de cuidar bem da vida financeira do nosso país, agora o Banco Central passa a ajudar também a recuperar áreas degradadas da cidade. – elogiou o prefeito.
Ainda durante o encontro, uma cópia do edital de licitação para a construção do prédio, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União, foi entregue simbolicamente ao prefeito pelo próprio Tombini. O presidente em exercício do BC considerou a decisão vantajosa não apenas para o banco, por construir uma nova sede, mas também para a cidade, que passa a ter mais um de seus espaços urbanos requalificados.
– É um projeto que também combina a política de revitalização dessa área portuária da cidade do Rio com a nossa decisão de continuar fazendo do Rio um centro de produção e distribuição de moeda para o país – contou o presidente em exercício do BC.
Nesse novo prédio será instalado o Departamento de Meio Circulante, que atualmente funciona num prédio centenário na Avenida Rio Branco n° 30, que será transformado em mais um espaço de cultura e lazer para o carioca: o Museu do Dinheiro, para contar a trajetória das finanças e das alterações monetárias que o Brasil e o mundo viveram ao longo da sua história.
Áreas para centro cultural e eventos
Os detalhes do projeto do novo prédio foram apresentados pelo diretor de Administração do Banco Central, Anthero Meireles, que mostrou as plantas e a localização do imóvel. O projeto prevê uma área construída de 30 mil metros quadrados, que vai abrigar, além dos escritórios do Departamento de Meio Circulante do BC – que controla a logística de produção e distribuição de moeda, em articulação com a Casa da Moeda, também com sede no Rio -, 210 metros quadrados de área para eventos culturais, um auditório com capacidade para 400 pessoas, áreas para agências bancárias e comércio, área de alimentação e ainda salas de aula para cursos de atualização e formação de pessoal.
O projeto também considerou todos os aspectos relativos ao impacto ambiental na área, a começar pela sua configuração, que respeita as irregularidades do terreno, para evitar ao máximo a movimentação de terra e a retirada de vegetação nativa que pudesse ser integrada ao paisagismo do novo prédio. Também foram incluídos todos os itens que garantissem a sustentabilidade do imóvel, como solos drenantes, reutilização de água, ar condicionado refrigerado a ar (e não a água), cobertura verde (que reduz a temperatura e impermeabiliza o teto, além de criar áreas verdes extras), esgoto a vácuo (para diminuir o uso inadequado da água), entre outras técnicas. A meta, segundo os diretores do BC, é que o prédio obtenha a certificação internacional green building.
– É o tipo de iniciativa em que todo mundo ganha: o Banco Central, por poder contar com instalações mais modernas e funcionais; ganha a cidade, na medida em que essa obra está inserida na revitalização da Zona Portuária; e ganha o Brasil que, com essas instalações, dá mais qualidade e segurança para produzir a moeda circulante – apontou Anthero Meireles.
Fonte: Prefeitura do Rio