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Novas práticas sustentáveis já estão disponíveis para os agricultores

Os agricultores fluminenses já começam a adotar, com incentivos financeiros do Rio Rural, programa da Secretaria de Agricultura, um número maior de práticas sustentáveis, para o desenvolvimento de suas atividades. No início deste ano, o programa passou a apoiar novos projetos, que agora estão caindo no gosto dos produtores. São práticas ambientais e econômicas, acessíveis aos agricultores que vivem nas microbacias hidrográficas.

Com esta ampliação, o número de práticas incentivadas passou de 40 para 87. Integram o novo rol de projetos a aquisição de carreta tracionada, caminhão de porte médio com baú isotérmico, microtrator, colheitadeira de cana, entre as muitas opções. Outra novidade é a adequação de embalagens e rotulagem, em apoio às agroindústrias familiares.

Práticas produtivas e ambientais

Cada beneficiário do programa pode receber até R$ 7 mil, em recursos não reembolsáveis financiados pelo Banco Mundial. Os investimentos se traduzem em melhoria direta das condições de vida da população. Um exemplo é a implantação de sistemas de saneamento, que traz benefícios para o ambiente e melhora as condições saúde das famílias.

– Com a instalação das fossas sépticas, será possível evitar a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e, consequentemente, a transmissão de doenças que têm a água como vetor de propagação – revela Luiz Carlos Guimarães, assessor regional do Rio Rural.

Na Região Serrana, práticas como o cultivo mínimo e o plantio direto já estão sendo incentivadas. Essas técnicas agrícolas sustentáveis dispensam o revolvimento desnecessário do solo no momento do plantio. Em Nova Friburgo, a experiência tem rendido bons frutos para o agricultor Osmar Fernandes Domingues, da localidade Serra Velha, na microbacia Barracão dos Mendes.

No ano passado, incentivado por um vizinho, Osmar começou a utilizar o plantio direto nas lavouras de couve flor e tomate. Desde então, passou a contar com apoio técnico específico das instituições de pesquisa e extensão sediadas no município. Segundo ele, a produtividade e a qualidade pós-colheita aumentaram significativamente.

Em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense, o produtor Cícero Baião Vieira implantou uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), e quer apoio do Rio Rural para o projeto de manutenção de recomposição florestal. O programa subsidia mão de obra para roçadas, capinas, coveamentos, adubações de cobertura, combate a formiga e replantios.

– Isso vai me ajudar a manter a área que tenho preservada – diz Cícero, que já protegeu uma área de recarga e uma nascente e está iniciando o reflorestamento de mata ciliar.

Mais recursos para projetos coletivos

O limite financeiro disponibilizado pelo Rio Rural é maior para os projetos grupais. Nesse caso, o valor do investimento depende o número de famílias beneficiadas. Na opinião do supervisor regional da Emater-Rio no Noroeste Fluminense, José Antônio Zampier, os novos projetos grupais favorecem a formação de associações e organizações rurais.

– Juntos, os agricultores terão acesso a equipamentos que não alcançariam sozinhos. E os resultados coletivos serão superiores aos individuais – acredita.

 

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