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Núcleo contra a intolerância religiosa na PM

Representantes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) se reuniram nesta quinta-feira (9/9) para discutir a criação de um núcleo de religiões afro-brasileiras (Nafro) na corporação. A intenção é que sacerdotes da umbanda e do candomblé possam prestar assistência a fiéis que fazem parte da tropa da PM. O encontro ocorreu no Quartel General da PMERJ, e estiveram presentes o comandante da Polícia Militar, Carlos Eduardo Milan Guimarães, o interlocutor do CCIR e babalaô (sacerdote) do candomblé Ivanir dos Santos, o coronel da PM e membro do CCIR Ubiratan Angelo e o delegado da Polícia Civil e também membro do CCIR Henrique Pessoa.
 
Segundo o coronel da PM Ubiratan Angelo, atualmente existem na corporação capelães cristãos e evangélicos para prestar assistência religiosa aos oficiais, e eles são em número proporcional à quantidade de fiéis de cada religião, definidos através de um censo. Durante o encontro, em que estiveram presentes representantes das religiões judaica, muçulmana e do candomblé, foi proposto um novo censo para identificar as religiões seguidas por oficiais da policia e instituir sacerdotes de cada uma delas para esta assistência. Para ser capelão é necessário ser “ministro” de uma religião reconhecida legalmente e prestar concurso público.
 
O Nafro é uma iniciativa de policiais militares surgida na Bahia e que visa à resistência ao preconceito e a discriminação. É presente também no estado de São Paulo. Segundo o coronel Ubiratan, os documentos para a criação de um núcleo no Rio de Janeiro já estão com a Polícia Militar e esperando aprovação.

Fonte: Governo do Rio