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Número de participantes da JMJ foi oito vezes maior que o de inscritos, diz arcebispo

Embora o site oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) tenha recebido cerca de 427 mil interessados em participar do evento, um número oito vezes maior – 3,7 milhões de pessoas – compareceu aos diversos atos realizados na semana passada no Rio de Janeiro. O Brasil, como país-sede, liderou a lista de peregrinos inscritos, seguido pela Argentina e pelos Estados Unidos. Vieram ao Rio fiéis de 175 países. O balanço final da jornada foi divulgado nesta terça-feira (30/07) pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, no Palácio São Joaquim, no bairro da Glória.

 

Papa Francisco na chegada para a Missa do Envio no domingo (28), em Copacabana. (Foto: Graça Paes - Agência Zapp News/Portal AIB News)

 

De acordo com os números, cerca de 60 mil voluntários trabalharam na organização dos eventos. Mais de 260 grupos de catequese, com voluntários especializados em 25 idiomas, e 100 confessionários foram organizados para atender aos peregrinos. A Arquidiocese estimou em 4 milhões o número de hóstias distribuídas nos seis dias. Credenciaram-se para a jornada 6,5 mil jornalistas de 57 países.

 

A estimativa de gastos feitos pelos visitantes ficou em cerca de R$ 1,8 bilhão. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu aproximadamente 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis nas ruas da cidade durante a jornada.

 

Dom Orani Tempesta disse que, apesar de todas as mudanças feitas no decorrer do evento, a Jornada Mundial da Juventude superou as expectativas. O arcebispo referia-se sobretudo à transferência da vigília de sábado (27/07) e da missa de encerramento da JMF, domingo (28/07), do Campus Fidei (Campo da Fé) em Guaratiba, na zona oeste, para a praia de Copacabana, na zona sul. A mudança foi necessária porque as chuvas deixaram o terreno encharcado e tornou-se inviável realizar ali a vigília e a missa.

 

“Nunca houve tantas mudanças desde o início da jornada como houve agora. Mudança de base aérea, de local. Tivemos até a mudança do papa.” Para ele, quem participou da JMJ jamais esquecerá esses momentos e passará as lembranças para os filhos e netos.

 

Ao apresentar os números finais da jornada, dom Orani destacou dois momentos marcantes fora da programação do encontro mundial de jovens católicos. “Cada vez que nos deslocávamos de helicóptero, o santo padre olhava na direção do Cristo Redentor e orava. Sempre olhando com admiração.” Segundo o arcebispo, o outro momento marcante foi aquele em que um menino subiu no papamóvel e disse: “Papa, como te quero bem”. Ali, disse dom Orani, aquela criança “mostrou como o povo acolheu bem o papa e o fez chorar junto dele”.

 

Foto: Graça Paes – Agência Zapp News/Portal AIB News

 

Agência Brasil