Após ficar detido por nove horas no Aeroporto Heathrow, em Londres, o brasileiro David Miranda chegou na manhã desta segunda-feira (19/8) ao Rio de Janeiro e disse que pretende procurar autoridades brasileiras para relatar o ocorrido. Enquanto o governo brasileiro exige explicações dos britânicos, o Partido Trabalhista pediu a revisão da Lei de Terrorismo do Reino Unido.
Miranda relatou que teve seu passaporte e equipamentos eletrônicos confiscados. Ele conta também que ficou em uma sala com seis agentes no aeroporto de Londres. “Eles alegaram que era a Lei de Terrorismo. Vou procurar o Senado e as autoridades americanas”, declarou.
Para Greenwald, que esperava o companheiro no aeroporto no Rio, a ação de deter Miranda foi um tentativa de intimidação, pois se ele não respondesse as questões poderia ser preso. Glenn disse que está com muita raiva diante do que aconteceu e que tal situação mostra o verdadeiro caráter dos Estados Unidos. “Agora vou ser mais radical com minhas reportagens no The Guardian. Tudo isso foi uma tentativa clara de intimidação”, acrescentou.
A organização não-governamental Anistia Internacional condenou a detenção, no Aeroporto de Heathrow, em Londres, do brasileiro David Michael Miranda, companheiro de Glenn Greenwald, repórter do britânico The Guardian.
Em nota, a Anistia Internacional disse que o brasileiro foi vítima de vingança do governo britânico. “A detenção de David é ilegal e indesculpável. Ele foi detido sob uma lei que viola qualquer princípio de equidade e sua prisão mostra como a lei pode ser abusiva por razões mesquinhas e vingativas”, relata o texto da ONG.
De acordo com a Agência Brasil, Miranda foi detido enquanto estava em trânsito em Heathrow e mantido, sem poder se comunicar, por quase nove horas.
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