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OAB cobrará explicação da Polícia Civil sobre caso de fotógrafo agredido no RJ

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) informou que cobrará esclarecimentos à Polícia Civil sobre a soltura do jovem que agrediu o repórter fotográfico do jornal O Dia, Márcio Mercante, na tarde da última terça-feira, dia  (12/1).
 
 
 
 
 
Segundo O Dia, Mercante caiu de uma altura de mais de quatro metros após ser empurrado no Arpoador, zona sul do Rio de Janeiro (RJ). O suspeito, que é menor de idade, deve responder em liberdade por lesão corporal no Juizado Especial Criminal. 
Crédito:Reprodução
 
“Ficou claro que houve uma tentativa de homicídio. O fotógrafo poderia ter morrido, pois caiu de uma altura de mais de quatro metros. E se não fosse o pulso quebrado, mas sim o pescoço?”, questionou o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.  Para ele, a presença do fotógrafo na praia pode ter “incomodado” alguém, como um usuário de drogas. “Por que não empurraram um banhista? O fotógrafo só pode ter incomodado algum criminoso que reagiu desta maneira agressiva. Não é normal empurrar uma pessoa desta altura”, observou.
 
 
 
 
O advogado do Instituto de Defensores de Direitos Humanos, João Tancredo, o Ministério Público do RJ pode desconsiderar a autuação do crime. “Na dúvida se o autor tentou matar ou não o fotógrafo, se indicia pelo crime mais simples, pois é uma decisão séria do delegado. Cabe a ele avaliar. O MP, após o resultado do laudo e da conclusão do inquérito, pode indiciar o autor por tentativa de homicídio”, disse.
 
 
 
 
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o laudo do exame de corpo de delito deve apontar se o caso é mais grave que a lesão corporal. O jovem não teve a identidade revelada. Ele possui duas anotações criminais na polícia.
 
 
 
O caso
Márcio Mercante foi empurrado da Pedra do Arpoador na última terça-feira (12/1). O fotógrafo, que estava no local para fazer imagens da praia, foi socorrido por banhistas e levado de ambulância para o Hospital Miguel Couto. Ele teve dois pulsos fraturados e luxações pelo corpo.  O motorista do jornal, Jorge Felipe Sobrinho, que acompanhava o repórter, relatou que um grupo de jovens ameaçou o profissional momentos antes da agressão e um deles o empurrou. Segundo ele, os adolescentes estavam com garrafas de cachaça nas mãos.